Ministro do Gabinete de Segurança deixa cargo e critica decisão de Dilma

  • Por Agência Estado
  • 02/10/2015 21h58
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BRASÍLIA, DF, BRASIL, 25-03-2013: José Elito, ministro do estado chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, durante evento da publicação sobre os 10 anos da Enccla (Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro), em Brasília (DF). (Foto: Sergio Lima/Folhapress) Folhapress José Elito Siqueira criticou a decisão de Dilma e afirmou que gostaria que fosse retificada "para o bem da sociedade"

O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general José Elito Siqueira, que teve o seu cargo extinto nesta sexta-feira, 2, durante o anúncio da reforma ministerial pela presidente Dilma Rousseff distribuiu nota oficial criticando a decisão presidencial. 

A atitude do general Elito, que nunca teve qualquer proximidade com a presidente Dilma, apesar de ter gabinete do Palácio do Planalto, foi considerada “ridícula” não só por assessores de Dilma e até mesmo pela área militar. Na carta, Elito ainda deseja à presidente Dilma “que o seu governo saiba conduzir nosso País e seu povo ao destino que merecem”. Em outro trecho, o general Elito, pediu ainda que medida possa ser retificada rapidamente pelo governo.

“Ao saber no dia de hoje do conteúdo da reforma, cumpre-me, por um dever de lealdade e em memória aos que me antecederam, lamentar a decisão tomada que, no mais curto prazo, desejo que seja retificada para o bem da sociedade e do BRASIL”, desabafou o general Elito. 

A nota distribuída à imprensa, criticando a decisão presidencial, não passou pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom). 

Em seu pronunciamento, Dilma anunciou a extinção do GSI e informou que a segurança presidencial, sob o comando do general Marcos Antonio Amaro, ficará em uma espécie de gabinete militar, vinculado diretamente a ela. 

As demais atribuições do extinto GSI, que têm na sua estrutura a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), passarão para a nova Secretaria de Governo, que nascerá da atual Secretaria-Geral a ser comandada por ministro Ricardo Berzoini. No mesmo guarda-chuva, ao lado da Abin, estarão as secretarias de micro e pequenas empresas e de relações institucionais.

Esta decisão de subordinar a Abin à nova Secretaria de Governo foi criticada por diversos setores, que lamentam o fato de a presidente Dilma não dar a devida importância a este “importante e imprescindível órgão de Estado a qualquer governo”.

Na tarde desta sexta-feira, depois de ver concretizada sua demissão e a extinção de sua pasta, o general Elito foi à Abin se despedir e voltou a tecer críticas à decisão da presidente sobre o fim do GSI, repetindo os termos usados em sua carta divulgada à imprensa.

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