Moro sobrevoa Fortaleza e pede ‘cabeça no lugar’ para solucionar motim de PMs

  • Por Jovem Pan
  • 24/02/2020 15h59
Kleber Gonçalves/Futura Press/Estadão Conteúdo Ex-juiz da Lava Jato Sergio Moro falando em um microfone

Depois de sobrevoar Fortaleza conflagrada por tropas amotinadas, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, afirmou, na manhã desta segunda-feira de Carnaval, que é preciso “colocar a cabeça no lugar”.

“Temos que pensar o que é necessário daqui em diante para solucionarmos essa crise específica, para os policiais poderem voltar a realizar o seu trabalho. Esse é o ponto. Temos que colocar a cabeça no lugar”, disse Moro, que chegou à capital cearense acompanhado do ministro da Defesa, Fernando Azevedo, e do chefe da Advocacia-Geral da União, André Mendonça.

Desde a deflagração do movimento paredista, o Ceará conta 127 assassinatos. O motim teve início por falta de acordo dos PMs com o governo do Estado quanto à reestruturação salarial.

Nesta segunda de Carnaval, Moro afirmou, já durante entrevista coletiva na sede do Palácio da Abolição, sede do governo estadual: “o governo federal veio para permitir que o governo (estadual) possa resolver essa situação sem que, nesse lapso temporal, a população fique desprotegida.”

Ele também declarou: “nosso trabalho é exclusivamente garantir proteção da população diante dessa paralisação. O envio (das forças federais) é para garantir a tranquilidade e a segurança da população.”

Indagado sobre uma eventual reintegração de posse dos quartéis tomados por soldados rebelados, o ministro da Justiça disse: “viemos aqui para serenar os ânimos e não para acirrá-los. O governo federal veio aqui para substituir essa ausência das polícias. Serenar é importante.”

Estrategicamente, Moro enfatizou a importância dos policiais militares nas ruas. “Os policiais, no País inteiro, são profissionais dedicados que arriscam, muitas vezes, a sua vida pela vida de outro, proteção, seja pela incolumidade da vida ou do patrimônio do outro. São profissionais que devem ser valorizados. É momento de pensar em servir e proteger, serenar os ânimos.”

*Com informações do Estadão Conteúdo

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