Morre quarta vítima suspeita de intoxicação por dietilenoglicol em cerveja de Minas Gerais
A Secretaria de Saúde do Estado de Minas Gerais recomenda, por meio de nota, que nenhuma cerveja da Backer seja consumida. Empresa está interditada desde a última sexta-feira (10)
A Secretaria de Saúde do Estado de Minas Gerais informou, no começo da noite desta quinta-feira (16), que morreu a quarta vítima suspeita de intoxicação por dietilenoglicol presente nas cervejas produzidas pela Backer.
Ainda nesta quinta, o Ministério da Agricultura informou que a mesma substância foi encontrada em outros seis rótulos fabricados pela cervejaria Backer. De acordo com a Secretaria de Saúde, 18 casos foram notificados como suspeitos de intoxicação após consumo da cerveja. Desses, 16 são homens.
A morte confirmada nesta quinta aconteceu em Belo Horizonte, assim como a terceira vítima. As outras duas mortes aconteceram em Juiz de Fora e Pompéu, interior de Minas.
Das quatro mortes, apenas uma foi confirmada como decorrência da ingestão da cerveja contaminada – trata-se de um homem que esteve internado em Juiz de Fora, e morreu no dia 07. Já os outros três casos de óbito estão entre os 14 casos em investigação.
A secretaria ainda recomenda, por meio de nota, que nenhuma cerveja da Backer seja consumida. “Em decorrência das últimas evidências obtidas a recomendação vigente é de que, por precaução, nenhuma cerveja produzida pela Cervejaria Backer, independente de marca e lote, seja consumida.”
Nesta quarta, a mesma recomendação foi feita pela diretora-executiva da cervejaria. Dos 18 casos notificados à Secretaria de Saúde, 12 foram registrados em Belo Horizonte e os demais 6 casos contabilizam registros em Nova Lima, Pompéu, São João Del Rei, São Lourenço, Ubá e Viçosa.
Na sexta passada, o Ministério da Agricultura interditou a cervejaria e determinou a apreensão de mais de 16 mil litros de cervejas. Segundo a Secretaria de Saúde, a síndrome desconhecida até então provocava uma rápida deterioração do estado de saúde dos pacientes.
Relatos apontam que em dois dias e meio após o surgimento dos primeiros sintomas, as pessoas tiveram que ser internadas. Os pacientes apresentavam insuficiência renal aguda e alterações neurológicas.
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