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MP discorda de delegacia e pede que o sargento que matou vizinho no RJ responda por homicídio doloso

Vipuva de Durval Teófilo Filho chora em frente ao caixão do marido; enterro ocorreu nesta sexta, 4

O sargento da Marinha Aurélio Alves Bezerra teve a prisão em flagrante transformada em prisão preventiva nesta sexta, 4, pela juíza Ariadne Villela Lopes, da 5º Vara Criminal. Bezerra matou o vizinho Durval Teófilo Filho com três tiros na porta do condomínio onde ambos moravam, em São Gonçalo, na região metropolitana do Rio de Janeiro. A magistrada atendeu a um pedido do Ministério Público, que também solicitou que Bezerra seja indiciado por homicídio doloso, quando há intenção de matar – anteriormente, a Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense havia indiciado o sargento por homicídio culposo, quando não há intenção. A prisão preventiva não tem prazo para acabar.

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“Pelo Ministério Público foi dito que: requer a conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva. Além disso, entende que a conduta imputada ao custodiado não se amolda a capitulação imputada pela autoridade policial, qual seja, artigo 121, §3º do CP, visto que não entende ser tal conduta culposa”, diz o despacho assinado pela juíza, que também traz a informação de que a defesa pediu a liberdade provisória, não concedida. Segundo declaração do autor do assassinato à Polícia Civil, ele atirou em reação a uma suposta tentativa de assalto ao perceber que um homem caminhava e mexia em uma mochila. O assassinato tem repercutido nas redes sociais como um caso de racismo, já que Teófilo Filho era um homem negro e morava no mesmo condomínio de Bezerra.

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