MP do RJ arquiva investigação sobre deputado no caso Coaf
As apurações recaem também sobre o senador e ex-deputado estadual Flávio Bolsonaro (PSL-RJ)
O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) arquivou a investigação sobre o deputado estadual Luiz Paulo Corrêa da Rocha (PSDB) no âmbito do caso do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), que recai sobre o senador e ex-deputado Flávio Bolsonaro (PSL-RJ).
As investigações apuram suposta prática dos crimes de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa no gabinete de Flávio Bolsonaro. A Justiça fluminense autorizou em abril a quebra dos sigilos bancário e fiscal de 86 pessoas e nove empresas ligadas ao senador. O período abarcado é de 2007 a 2018.
Rocha foi um dos nove parlamentares da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) que tiveram sigilo quebrado pela Justiça a fim de apurar as movimentações financeiras atípicas detectadas por relatórios do órgão federal.
O deputado estadual disse que recebeu a notícia “com satisfação” e afirmou que já esperava que o caso fosse arquivado. Ele lamenta, porém, o desgaste causado pela história. “No meu gabinete não tem ‘rachadinha’. E nunca tive patrimônio incompatível com a minha renda.”
Os promotores acusam o ex-assessor Fabricio Queiroz de operar o esquema denunciado – os relatórios do Coaf mostraram que ele movimentou, no período de um ano, R$ 1,2 milhão, valor considerado atípico para seus rendimentos. A história foi revelada pelo Estado em dezembro do ano passado.
Na próxima terça-feira, 16, o plenário do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) julgará um habeas corpus apresentado pela defesa do filho do presidente Jair Bolsonaro, que considera ilegal a sua quebra de sigilo.
*Com informações do Estadão Conteúdo
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