MPF prorroga inquérito sobre vazamento de operação da PF para Flávio Bolsonaro

O senador e filho mais velho do presidente Jair Bolsonaro foi ouvido no final do mês passado e negou ter recebido informações privilegiadas

  • Por Jovem Pan
  • 05/08/2020 17h41 - Atualizado em 06/08/2020 07h55
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Dida Sampaio/Estadão Conteúdo Flávio Bolsonaro é atual senador da República pelo Republicanos-RJ Flávio Bolsonaro é atual senador da República pelo Republicanos-RJ

O Ministério Público Federal (MPF) prorrogou por mais 90 dias a investigação que apura se houve vazamento da Polícia Federal (PF) sobre a Operação Furna da Onça para o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos). A investigação faz parte do procedimento aberto para apurar declarações feitas pelo ex-aliado do governo, o empresário e pré-candidato à prefeitura do Rio, Paulo Marinho (PSDB), de que o filho mais velho do presidente foi previamente avisado da operação que trouxe à tona as movimentações atípicas nas contas de seu ex-assessor Fabrício Queiroz.

O então funcionário de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio foi citado em um relatório do antigo Conselho de Atividades Financeiras (Coaf), o que arrastou o então deputado para o centro de uma investigação criminal sobre suposto esquema de desvio de salários em seu gabinete, a chamada “rachadinha”. Marinho afirmou que, segundo relato do próprio Flávio, um delegado da PF avisou das investigações pouco após o primeiro turno das eleições de 2018 e informou que membros da Superintendência da PF no Rio adiariam a operação para não prejudicar a disputa de Jair Bolsonaro (sem partido) no segundo turno.

Além do empresário, Flávio foi ouvido, no final do mês passado, pelo procurador Eduardo Santos de Oliveira Benones, responsável pela investigação. No depoimento, prestado em seu gabinete em Brasília, negou ter recebido informações privilegiadas. O senador tem dito que Marinho, que é suplente da chapa, está interessado em ocupar sua cadeira. No final de junho, Fabrício Queiroz também foi interrogado de dentro do presídio de Bangu 8, onde ficou preso antes de receber autorização para detenção domiciliar, e, assim como o ex-chefe, negou o vazamento. A Procuradoria mira agora delegados da Polícia Federal do Rio de Janeiro e policiais que participaram das diligências e tiveram acesso aos autos da operação. A informação foi adiantada por Benones após o depoimento de Flávio.

*Com informações do Estadão Conteúdo

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