‘Não respondo a criminosos, presos ou soltos’, diz Moro sobre provocações de Lula
Pouco após o discurso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na sede do Sindicato dos Metalúrgicos na tarde deste sábado (9), no ABC Paulista, o ministro da Justiça, Sergio Moro, se pronunciou no Twitter. “Aos que me pedem respostas a ofensas, esclareço: não respondo a criminosos, presos ou soltos. Algumas pessoas só merecem ser ignoradas.” escreveu o ex-juiz da Lava Jato, que condenou Lula no processo do Tríplex no Guarujá.
Aos que me pedem respostas a ofensas, esclareço: não respondo a criminosos, presos ou soltos. Algumas pessoas só merecem ser ignoradas.
— Sergio Moro (@SF_Moro) November 9, 2019
Em seu discurso deste sábado, o petista afirmou que “duvida” que o presidente Jair Bolsonaro, Moro, o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol, durmam “com as consciência tranquila”.
Falando para petistas e apoiadores, o ex-presidente ressaltou, ainda, que poderia “ter ido a uma embaixada” ou “a outro país” para não ser preso, mas que tomou a decisão de se apresentar à Polícia Federal (PF) para “provar que o juiz Moro não era juiz, era um canalha”.
Ainda diante dos processos da Operação Lava Jato, em Curitiba, o então juiz Moro condenou Lula a pena de nove anos e meio, que durante o julgamento no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), a segunda instância, foi para 12 anos e um mês de prisão.
Lula foi solto nesta sexta-feira (8) após o Supremo Tribunal Federal (STF) colocar fim a possibilidade de prisão após segunda instância por 6 votos a 5 – a decisão passa a valer em repercussão geral, ou seja, para todos os tribunais de Justiça no país.
Com isso, cerca de 5 mil presos podem ser soltos, de acordo com Conselho Nacional de Justiça (CNJ), entre eles, presos condenados em segunda instância no âmbito da Operação Lava Jato. Lula foi o primeiro a ser solto pela Justiça.
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