Nelson Teich vai ao RJ em momento crítico da pandemia
A visita do ministro da Saúde, Nelson Teich, ao Rio de Janeiro nesta sexta-feira (8) coincide com o momento em que o estado e a capital fluminense enfrentam um agravamento nas condições de combate ao novo coronavírus. Somente nos últimos quatro dias, o Rio confirmou 330 mortes por Covid-19 e 2.440 novos casos da doença. Ao todo, já são 1.394 óbitos e 14.156 testes positivos no estado.
Na quinta-feira (7), o Rio de Janeiro contabilizou 189 mortes em um dia, superando São Paulo – que tem os maiores índices e registrou 161 mortes – pela primeira vez. O crescimento da curva mostra que a inauguração de 799 novos leitos desde o início da pandemia não foi suficiente para atender a demanda.
Há pelo menos 442 pacientes confirmados ou com suspeita de Covid-19 aguardando vaga em UTI. A promessa dos governos é de que 700 novos leitos serão abertos ainda neste mês.
O sistema público de saúde opera no limite há pelo menos duas semanas. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde (SES), somente duas unidades da rede estadual – Hospital Regional Zilda Arns (cujas taxas de ocupação são de 89% na enfermaria e 86% na UTI) e o Hospital de Campanha Lagoa-Barra (onde há 101 pacientes internados, 70 em leitos de UTI) – ainda possuem leitos livres para pacientes com Covid-19.
Ao mesmo tempo em que corre para não ver seu sistema de saúde entrar em colapso, tanto o governo do estado quanto o da capital tentam apertar o isolamento social, que vem caindo nas últimas semanas. Esta semana, a movimentação no bairro de Campo Grande, na zona oeste – que apresentou grande crescimento no número de casos e de mortes por Covid-19 nos últimos dias – fez a prefeitura do Rio bloquear alguns acessos na região. A medida será ampliada para outros bairros da zona oeste e deverá chegar à zona sul nas próximas semanas.
A cidade de Niterói, no Grande Rio, anunciou que irá multar pessoas que estiverem nas ruas sem comprovar necessidade. O governador Wilson Witzel (PSC), por sua vez, já admite que poderá realizar bloqueio de estradas e restringir a circulação de veículos em todo o estado.
*Com informações do Estadão Conteúdo
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