‘Aqui ninguém foge da responsabilidade’, diz Cláudio Castro após tragédia no Rio

Pai e filha morreram soterrados no desabamento do prédio na comunidade Rio das Pedras; outras quatro pessoas ficaram feridas

  • Por Jovem Pan
  • 03/06/2021 13h50 - Atualizado em 03/06/2021 14h38
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Jose Lucena / Estadão Conteúdo Desabamento de prédio em Rio das Pedras, Rio de Janeiro Equipe da Defesa Civil analisa pelo menos quatro edificações ao lado e na frente do prédio desabado para fazer possíveis evacuações

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, esteve no local do desabamento de um prédio na comunidade Rio das Pedras, na Zona Oeste da capital, onde um homem e uma menina de dois anos, pai e filha, morreram soterrados nesta madrugada, 3. Castro disse que as defesas civil do Estado e do município estão trabalhando, em conjunto, e que todos os prédios vizinhos estão sendo avaliados. Questionado sobre como o Estado vai agir diante da tragédia, o governador explicou que “o momento é de ajeitar a confusão e, no segundo momento, pensar em alguma intervenção” e que é preciso melhorar a fiscalização. “Essa fiscalização tem que ser integrada, a da prefeitura e a do Estado. Não adianta falar que é de um, é de outro, o problema é de todos nós em conjunto. Aqui ninguém foge da responsabilidade. Eu e o prefeito, a gente vai sentar agora, conversar no pós para entender. Até mesmo porque a gente tem planos de infraestrutura, de ajeitar, com recursos que estão vindo agora. E, com certeza, as comunidades terão seu quinhão de investimento. Eu acho que é importantíssimos para que novas tragédias como essa não aconteçam”.

Ao todo, seis pessoas foram atingidas pela queda do prédio. Além da morte de pai e filha, duas mulheres, de 28 e 38 anos, e um homem de 29 anos foram levados ao Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca. Os três passam bem e dois deles já receberam alta. Por volta de 9h, uma mulher que se comunicava com os bombeiros de dentro dos escombros foi socorrida de helicóptero para o Hospital Miguel Couto, no Leblon. Mais de 60 profissionais e cães farejadores fizeram as buscas no local. Uma equipe da Defesa Civil analisa pelo menos quatro edificações ao lado e na frente do prédio desabado para fazer possíveis evacuações. Um ponto de apoio aos familiares que perderam as próprias casas foi montado pela Secretaria Municipal de Assistência Social no local do desabamento. Além dos Bombeiros, há no local equipes da Polícia Militar, da fornecedora de energia Light, da Companhia de Trânsito do Rio de Janeiro, da Emlurb e de outras secretarias municipais. O motivo da queda do edifício ainda não foi identificado pelas equipes, mas, segundo apuração da Jovem Pan, há suspeitas de que o prédio seja uma construção irregular da região, controlada por milícias. Em 2019, dois prédios desabaram na Muzema, também na zona oeste, e 24 pessoas morreram.

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