Onyx fecha acordo com PGR e deve pagar R$ 189 mil por encerramento de investigação sobre caixa 2

O ministro da Cidadania admitiu o recebimento de valores durante as campanhas eleitorais de 2012 e 2014; o Supremo Tribunal Federal (STF) precisa homologar o acordo

  • Por Rafaela Lara
  • 03/08/2020 19h34 - Atualizado em 04/08/2020 08h00
Carolina Antunes/PR Onyx Lorenzoni Onyx Lorenzoni é ex-ministro do governo de Jair Bolsonaro

O ministro da Cidadania Onyx Lorenzoni firmou acordo com a Procuradoria-Geral da República (PGR) nesta segunda-feira (3) para o encerramento de uma investigação sobre caixa 2 durante as campanhas eleitorais de 2012 e 2014. Segundo a defesa, no “acordo de não-persecução penal”, o ministro admitiu o recebimento de “doações em sua campanha eleitoral para deputado federal e pagará R$ 189 mil como prestação pecuniária”, diz a nota enviada à Jovem Pan.

Onyx deve buscar os valores através de empréstimo bancário. “Afirmamos que nosso cliente decidiu procurar as autoridades com a intenção de colaborar e dar um desfecho final ao processo. Recordamos também que, quando a delação da JBS veio a público, o Deputado Onyx desconhecia a origem do recurso”, alega a defesa. Onyx é deputado, mas está licenciado do cargo por estar no comando da Pasta da Cidadania. Para que o acordo seja validado, é necessário que o Supremo Tribunal Federal (STF) homologue o acordo.

De acordo com as investigações e delações de executivos da JBS, o ministro teria recebido R$ 100 mil, em 2012, além de R$ 200 mil durante campanha eleitoral de 2014. “Ademais, diante da nova legislação processual, e com a intenção de solucionar isso de uma vez por todas, foi postulado junto à Procuradoria-Geral da República o acordo de não-persecução penal. Agora, esperamos que o Supremo homologue o acordo e a causa seja extinta”, diz a nota da defesa. O acordo está previsto na Lei Anticrime, que vigora desde 23 de janeiro.

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