Operação contra venda de vagas em prisões de MG mira servidores públicos

Operação Alegria, que investiga venda de vagas em prisões de Minas Gerais, cumpre 29 mandados de busca e apreensão

  • Por Jovem Pan
  • 08/10/2020 13h47 - Atualizado em 08/10/2020 13h48
Divulgação/PF Operação foi feita em 15 cidades mineiras

A Polícia Federal cumpriu na manhã desta quinta-feira, 8, 29 mandados de prisão preventiva e 45 de busca e apreensão referentes à Operação Alegria, que desarticula um esquema de venda de vagas em unidades prisionais do estado de Minas Gerais. Os mandados são cumpridos em 15 cidades diferentes, entre elas, a capital Belo Horizonte. De acordo com a PF, servidores públicos e advogados fariam parte do esquema de corrupção dentro do sistema penitenciário em conluio com uma organização criminosa.

O esquema da organização criminosa contava com venda de vagas em pavilhões específicos e até mesmo entrada de objetos proibidos dentro das unidades penitenciárias. Além disso, alguns dos detentos considerados como “de alta periculosidade”, que não têm direito ao trabalho, foram transferidos de unidades sem permissão devida. Apesar de mandados serem cumpridos em 15 cidades mineiras, duas unidades prisionais da Região Metropolitana de Belo Horizonte teriam a maior quantidade de desvios do tipo.

O nome “alegria” foi dado à operação porque, durante as investigações, os policiais descobriram que alguns membros da organização criminosa participante do esquema se referiam à penitenciária de segurança máxima Nelson Hungria como “Nelson Alegria”. Os presos podem responder por participação em organização criminosa, corrupção ativa, corrupção passiva e concussão. A pena máxima de cada um deles pode chegar a 20 anos de prisão.

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