Operação Sem Limites III: PF cumpre mandados contra diretora da Petrobras

As investigações apuram pagamento de propina recebidos pela diretoria de abastecimento da estatal

  • Por Jovem Pan
  • 07/10/2020 09h08 - Atualizado em 07/10/2020 10h41
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LEANDRO FERREIRA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO Policial federal A investigação recebe o nome de Operação Sem Limites III por vínculo as operações anteriores, Sem Limites e Sem Limites II, que iniciaram as investigações sobre pagamentos de propina na Petrobras

A Polícia Federal (PF) cumpre nesta quarta-feira, 07, três mandados de busca e apreensão na cidade do Rio de Janeiro pela 76ª fase da Operação Lava Jato. As ações buscam aprofundar investigação que apura pagamento de propina e práticas criminosas cometidas na diretoria de Abastecimento da Petrobras, especificamente na Gerência Executiva de Marketing e Comercialização. Até o momento, a Petrobras não se manifestou sobre o assunto.

As apurações sobre casos de propina na estatal tiveram início após a Operação Sem Limites, deflagrada em 2018, na 57ª fase da Operação Lava Jato. Na época, foram cumpridos mandados de prisão, buscas e apreensão contra integrantes da organização criminosa, responsável por crimes envolvendo a negociação de óleos combustíveis e derivados entre a estatal e trading companies estrangeiras. Após as ações, executivos de empresas estrangeiras investigadas celebraram acordos de colaboração premiada com o Ministério Público Federal (MPF) e delataram que funcionários da Petrobras recebiam vantagens indevidas para favorecer negociações de compra e venda de bunker e diesel marítimo. Além disso, segundo as investigações, os empregados também dividiam os valores de propina com agentes públicos da Gerência Executiva de Marketing e Comercialização.

A investigação recebe o nome de Operação Sem Limites III por vínculo as operações anteriores, Sem Limites e Sem Limites II, que iniciaram as investigações sobre pagamentos de propina na Petrobras. Os investigados vão responder por crime de corrupção passiva, organização criminosa e de lavagem de dinheiro. Segundo procurador-coordenador da Operação Lava Jato, Alessandro de Oliveira, essa foi uma operação do Paraná, mas que teve mandados cumpridos no Rio de Janeiro. “Os prejuízos podem ser calculados a valores superiores a R$ 45 milhões. Isso significa dizer que a Lava Jato apesar de ter descortinado um mega esquema de corrupção ainda está em pleno valor e tem um amplo horizonte de práticas ilícitas a serem descobertas”, reforçou.

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