DF: Operação Grabato investiga irregularidades em contratos da saúde

  • Por Jovem Pan
  • 15/05/2020 10h33
EFE/EPA/LUKASZ GAGULSKI A suspeita é que a empresa contratada tenha, com a participação de servidores públicos, burlado as regras legais para firmar o contrato

A Operação Grabato, deflagrada nesta sexta-feira (15) vai investigar possíveis irregularidades em contratações emergenciais, feitas sem licitação, firmadas pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF).

As irregularidades, detectadas pelo Ministério Público, estão relacionadas à contratação, durante o período de emergência sanitária em razão da pandemia da Covid-19, de uma empresa para gerenciamento dos leitos no hospital de campanha construído no Estádio Nacional Mané Garrincha, com inauguração prevista para os próximos dias.

O contrato é de aproximadamente R$ 79 milhões. A suspeita é que a empresa contratada tenha, com a participação de servidores públicos, burlado as regras legais para firmar contrato com a Secretaria de Saúde causando prejuízo aos cofres públicos.

Também estão sendo investigados os procedimentos de contratação de empresa para gerir as UTIs do Hospital da PMDF e de aluguel de ambulâncias, ambas relacionadas aos esforços de enfrentamento à pandemia.

A investigação é comandada pela Controladoria-Geral da União (CGU) e pela Coordenação Especial de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado da Polícia Civil do Distrito Federal , em conjunto com a Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público e Social e a Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde, do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT).

Operação
Nesta sexta foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão nas regiões de Taguatinga, Asa Norte, Setor de Indústria e Abastecimento (SIA) e Lago Sul, em empresas e residências de empresários e do servidor público envolvido, bem como na Subsecretaria de Infraestrutura em Saúde da SES-DF, responsável pela contratação.

O alvo dos investigadores eram elementos para subsidiar as investigações em andamento que, segundo a CGU “apontam, até o momento, para a ocorrência dos crimes de inobservância deliberada das formalidades pertinentes à dispensa de licitação e estelionato contra a administração pública que, após análise do material apreendido, podem chegar a outros crimes e à quantificação do prejuízo ao erário”.

*Com informações da Agência Brasil

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