Operação Veneno: Polícia Federal deflagra ação contra falsificação de cachaças em MG

Os suspeitos podem ser denunciados pelos crimes de falsificação, corrupção e adulteração de produtos alimentícios

  • Por Jovem Pan
  • 02/10/2020 07h43 - Atualizado em 02/10/2020 10h07
JOSE LUCENA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO A Operação Veneno busca desarticular uma quadrilha responsável por fabricar e vender cachaças usando rótulos falsos da marca Havana

A Polícia Federal (PF) está nas ruas de Belo Horizonte, capital do Estado de Minas Gerais, cumprindo três mandados de busca e apreensão contra suspeitos de falsificar bebidas alcoólicas expedidos pela Vara de Inquéritos de Belo Horizonte. Deflagrada nesta sexta-feira, 2, a “Operação Veneno” busca desarticular uma quadrilha responsável por fabricar e vender cachaças usando rótulos falsos da marca Havana, produzida na cidade mineira de Salinas. A PF recebeu denúncia de falsificação da conhecida cachaça e iniciou as investigações há dois meses.

A participação da Política Federal no caso se deve ao fato de que todos os itens dos produtos, até mesmo o selo de IPI da Receita Federal, estavam sendo adulterados pelos criminosos. Segundo relatório produzido pelos proprietários da marca original a pedido da PF, acessado com exclusividade pela TV Globo, a quadrilha falsificava desde a tampa do produto até a própria bebida. A produção das supostas cachaças Havana acontecia em um galpão no bairro Caiçara, na região noroeste da capital mineira, e não atendia normas de controle sanitário. Durante a ação, cerca de 70 garrafas e quatro galões com cachaça foram apreendidos, assim como selos, rótulos e cerca de R$ 20 mil.

Com a ação da Polícia Federal, os suspeitos podem ser denunciados pelos crimes de adulteração ou alteração de substância ou produtos alimentícios com multa e penas que podem chegar a oito anos de prisão. Segundo informações da Polícia Federal, os agentes deflagrou prisão em flagrante de um homem. Ao G1, o diretor administrativo da Cachaça Havana, Geraldo Mendes Santiago, afirmou que os prejuízos causados à marca pela falsificação dos produtos são incalculáveis. Ele afirma que, além das perdas financeiras, há o desgaste da marca Havana, que foi “falsificada de maneira grosseira”, o que poderia ter, inclusive, causado prejuízos à saúde dos consumidores.

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