‘PAC é o início do terceiro mandato’, diz Lula

Lula também defendeu Arthur Lira de vaias e elogiou ministro com cargo visado na reforma ministerial

  • Por Brasília
  • 11/08/2023 14h38 - Atualizado em 11/08/2023 14h41
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Pedro Kirilos/Estadão Lula em lançamento do novo PAC Lula durante o lançamento do novo PAC

Cercado por 20 governadores e grande parte de seus aliados, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chamou o Novo PAC de “começo de seu terceiro mandato” ao lançar o programa no Rio de Janeiro nesta sexta-feira, 11. A nova versão do Programa de Aceleração do Crescimento foi detalhada durante mais de três horas de evento, encerrado com discurso do presidente. “Hoje começa o meu governo. Até agora o que nós fizemos foi reparar aquilo que tinha desandado”, disse. Lula também cobrou agilidade dos ministros na execução dos projetos, que preveem investimentos somados de R$ 1,7 trilhão até 2026. “O PAC é o começo do terceiro mandato. Ministro terá de trabalhar muito para que a gente possa executar esse PAC. (…) Cada ministro terá de correr atrás.” E destacou que não deixará a “austeridade fiscal quase obsessiva” bloquear os anseios da população por obras em áreas como saúde e educação.

O presidente também enalteceu a presença de governadores da oposição, como Cláudio Castro (PL-RJ), e de outros adversários como o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), que chegou a ser vaiado por parte do público. Lula afirmou que não há motivo para estranhamento quanto à presença de opositores no evento. “O Arthur Lira é nosso adversário político desde que o PT foi fundado, ele é nosso adversário e vai continuar sendo adversário. (…) Mas quando termina a eleição, que cada um assume o seu posto, ele não está aqui como Arthur Lira, ele está aqui como presidente de uma instituição, e o Poder Executivo precisa mais dela que ela do Poder Executivo”, acenou ao titular do Legislativo.

Lula ainda afirmou que os ministros do início de seu novo mandato são mais “afiados” do que equipes de governos anteriores, citou a experiência de vários deles como governadores e mencionou nominalmente Wellington Dias (PT), do Desenvolvimento Social, que governou o Piauí por 4 mandatos. O cargo de Dias é um dos que estão na mira de partidos aliados na reforma ministerial cobrada por Lira, que deve ser anunciada nos próximos dias.

Presenças

A cerimônia de lançamento do Novo PAC foi realizada no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, na qual compareceram o prefeito Eduardo Paes (PSD), o governador Cláudio Castro (PL), o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSD); e a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), o “banco dos BRICS”.

O evento atraiu vinte governadores de todo o país ao Rio de Janeiro, mas os chefes do Executivo de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), e de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo-MG), não marcaram presença. O governador do Pará, Helder Barbalho (MDB-PA), ao falar em nome dos presentes, destacou que os investimentos estimulam o desenvolvimento regional, neste caso, considerando os desafios ambientais. “Chamar um governador da Amazônia para falar em nome dos governadores do Brasil é uma demonstração clara de democracia”, disse. “O exemplo e o chamamento que devem estar acontecendo significa para nós um momento muito especial, aqueles que chegam agora para o seu mandato chegam para uma experiência exitosa”, diz.

Estiveram presentes os seguintes  governadores: 

  • Acre: Gladson Cameli (PP)
  • Alagoas: Paulo Dantas (MDB)
  • Amapá: Clécio (Solidariedade)
  • Amazonas: Wilson Lima (União Brasil)
  • Ceará: Elmano de Freitas (PT)
  • Bahia: Jerônimo (PT)
  • Espírito Santo: Renato Casagrande (PSB)
  • Goiás: Ronaldo Caiado (União Brasil)
  • Maranhão: Carlos Brandão (PSB)
  • Mato Grosso: Mauro Mendes (União Brasil)
  • Mato Grosso do Sul: Eduardo Riedel (PSDB)
  • Pará: Helder Barbalho (MDB)
  • Paraíba: João Azevêdo (PSB)
  • Pernambuco: Raquel Lyra (PSDB)
  • Piauí: Rafael Fonteles (PT)
  • Rio Grande do Norte: Fátima Bezerra (PT)
  • Rio de Janeiro: Cláudio Castro (PL)
  • Rondônia: Coronel Marcos Rocha (União Brasil)
  • Roraima: Antonio Denarium (Progressistas)
  • Tocantins: Wanderlei Barbosa (Republicanos)
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