PEC do teto dos gastos terá campanha publicitária na TV

  • Por Estadão Conteúdo
  • 01/10/2016 10h04
BRA103. BRASILIA (BRASIL), 14/09/2016.- El presidente brasileño, Michel Temer (c), participa hoy, miércoles 14 de septiembre de 2016, en un acto, celebrado en el Palacio presidencial de Planalto en Brasilia (Brasil). Temer anunció hoy que su Gobierno destinará 1.000 millones de reales (unos 303 millones de dólares) adicionales al área de salud y reiteró que no tiene previsto reducir la inversión en asuntos sociales. EFE/FERNANDO BIZERRA JR EFE/FERNANDO BIZERRA JR Michel Temer EFE

O governo pretende iniciar na semana que vem a veiculação de propagandas relacionadas à PEC que cria um teto dos gastos do governo. Na próxima segunda-feira, a equipe de comunicação fará uma última reunião para aprovar as peças publicitárias e fechar o cronograma.

A ideia é que a propaganda oficial seja veiculada com mais intensidade entre os dias 11 e 24 de outubro, período em que a proposta deve ser discutida no Congresso, segundo acordo feito pelo presidente Michel Temer e parlamentares da base aliada.

A peça publicitária terá como mote principal a necessidade de o governo ajustar as contas fazendo a comparação com o orçamento de uma família que precisa economizar. A ex-presidente Dilma Rousseff usou esse mesmo discurso quando tentou aprovar algumas medidas econômicas no início de seu segundo mandato.

De acordo com um dos envolvidos na criação da campanha, a peça falará que a aprovação da PEC tem importância similar à quitação de uma dívida por quem está pendurado com o pagamento de juros. “Não tem jeito, é preciso adotar medidas para conter os gastos. O objetivo é explicar isso com uma linguagem simples para que as pessoas compreendam a realidade fiscal do país.”

A criação da campanha é coordenada pela Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) com as três agências de publicidade contratadas pelo governo: Propeg, NovaSB e Leo Burnett. Não foi informado ainda o custo da iniciativa, mas não haverá artistas famosos justamente para manter uma linha coerente à de contenção de gastos.

Temer não fará pronunciamento direto à sociedade. Segundo a Secom, por se tratar de uma campanha institucional, é vetado que o governante apareça nas peças publicitárias.

“Vermelho”

Estudou-se o uso do slogan “Tirar o País do vermelho”, mas a ideia foi rechaçada por integrantes do grupo de comunicação. Segundo uma fonte, apesar de ser uma expressão popular, a conotação política que a frase teria, com associação ao PT, causaria um efeito negativo, já que manteria um racha na sociedade.

O slogan ainda será fechado na reunião de segunda-feira, mas a ideia é que ele seja baseado no conceito de “responsabilidade” com as contas.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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