PM é morto após dar tiros de fuzil para o alto e contra colegas do Bope em Salvador
Com rosto pintado e fardado, soldado disparou contra militares do Bope após pouco mais de três horas de negociação; ele também jogou materiais de ambulantes e bicicletas no mar
Com rosto pintado, fardado, munido de um fuzil 5.56 e em aparente em estado de surto psicótico, um soldado da Polícia Militar foi morto no Farol da Barra, em Salvador, na noite deste domingo, 28, após atirar para o alto, quebrar bicicletas e objetos de ambulantes e disparar contra uma equipe de negociação do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope). Segundo a Secretaria de Segurança Pública da Bahia, a ocorrência envolvendo o policial foi iniciada às 14h, quando ele chegou no ponto turístico da capital baiana, disparou para o alto, arremessou bicicletas e isopores ao mar e foi cercado por equipes policiais da área. As negociações foram iniciadas pelo Bope por volta das 15h e, segundo os policiais, o PM em aparente estado de surto alternava entre momentos de lucidez e excesso de raiva.
Segundo a nota da SSP, o policial “terminou neutralizado” após fazer uma contagem regressiva e disparar com o fuzil contra guarnições do Bope por volta das 18h35. Ele foi atingido por pelo menos 10 tiros e socorrido ao Hospital Geral do Estado, a pouco mais de sete quilômetros do local do ocorrido, mas não resistiu aos ferimentos e morreu pouco antes das 23h. O comandante do Bope, major Clédson Conceição, afirmou que o PM neutralizado colocou em risco a vida dos policiais que participavam da operação e a dos moradores que estavam na região, já que a área do Farol da Barra é um ponto residencial da capital. “Os nossos objetivos primordiais são preservar vidas e aplicar a lei. Buscamos, utilizando técnicas internacionais de negociação, impedir um confronto, mas o militar atacou as nossas equipes”, afirmou. Apesar de boatos divulgados nas redes sociais ligando o isolamento social às ações do soldado, não há até o momento definição do que pode ter causado o aparente surto psicótico no policial.
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