Polícia do RJ mira quadrilha que tentou vender terreno por R$ 3,5 milhões ao próprio dono

Segundo a polícia, quadrilha teria falsificado e registrado alterações no contrato social de uma empresa, real proprietária do lote, e transferiu a titularidade e a administração para o nome de terceiros

  • Por Jovem Pan
  • 15/08/2023 15h14
Divulgação/Polícia Civil do Rio de Janeiro Polícia Civil do Rio de Janeiro Polícia Civil investiga o caso e tenta localizar possíveis integrantes do grupo e beneficiários das fraudes milionárias

A Polícia Civil do Rio de Janeiro deflagrou nesta terça-feira, 15, uma operação contra uma quadrilha suspeita de estelionato na compra e venda de imóveis e falsificação de documentos. Agentes da 42ª DP (Recreio dos Bandeirantes) cumpriram 10 mandados de busca e apreensão na zona oeste e na região central da capital fluminense. As investigações foram iniciadas em maio, após a quadrilha tentar vender um terreno por R$ 3,5 milhões para o próprio dono do terreno, no Recreio dos Bandeirantes. Na ocasião, dois homens foram presos em flagrante. Segundo a polícia, a quadrilha teria falsificado e registrado alterações no contrato social de uma empresa, real proprietária do lote, e transferiu a titularidade e a administração para o nome de terceiros.

A partir daí, de acordo com a corporação, os golpistas passaram a oferecer o terreno para que outra empresa o comprasse. O que os suspeitos não contavam é que o representante dessa empresa era também o responsável pela firma que teve o contrato fraudado, sendo ele o real proprietário. Quando recebeu a documentação do terreno oferecido, o proprietário descobriu as alterações contratuais foram feitas em nome de sua empresa, sem seu conhecimento e de seus sócios. A polícia informou que ele deu continuidade às negociações e marcou um encontro para tratar de assuntos sobre o terreno. No decorrer da reunião, os suspeitos foram surpreendidos pelos policiais da 42º DP. A corporação informou ainda que algum dos suspeitos já vinham sendo investigados por crimes semelhantes, o que poderia ser um indicativo da existência de uma quadrilha especializada neste tipo de golpe. Durante as buscas, os agentes apreenderam celulares tablets, documentos e dois automóveis. A polícia informou que as investigações prosseguem a fim de identificar outro integrantes do grupo e beneficiários das fraudes milionárias.

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