Na fronteira com o Paraguai, Polícia Federal prende membros do PCC suspeitos de ataques a Araçatuba

Um dos presos também estaria envolvido com grupo que executava supostos ladrões em Pedro Juan Caballero, no país vizinho

  • Por Jovem Pan
  • 05/10/2021 20h02 - Atualizado em 05/10/2021 20h06
  • BlueSky
Divulgação / Senad / Paraguay Policiais paraguaios cumprem mandado de busca e apreensão em casa na cidade de Pedro Juan Caballero Operação foi deflagrada de forma simultânea nos dois lados da fronteira

A Polícia Federal (PF) prendeu dois integrantes da facção Primeiro Comando da Capital (PCC) suspeitos de participarem do ataque a bancos da cidade de Araçatuba (SP) no último dia 30 de agosto: Anderson Meneses de Paula, o ‘Tuca’ e William Meira do Nascimento, o ‘Bruxo’, foram presos em operação conjunta realizada pela PF e pela Secretaria Nacional Antidrogas (Senad) do Paraguai nas cidades de Ponta Porã (MS) e Pedro Juan Caballero, esta do outro lado da fronteira. Segundo a PF, ‘Bruxo’ seria do núcleo de comando do PCC e estaria vinculado aos grandes assaltos e ações conhecidas como ‘novo cangaço’. Já conforme a polícia paraguaia, ‘Tuca’ seria o principal chefe do grupo conhecido como ‘Justiceiros da Fronteira’, responsável por executar suspeitos de cometer pequenos furtos na região e que teria feito ao menos 20 vítimas nos últimos meses. Também foram presas a mulher de Tuca , a brasileira Francisca Kelly Lima da Silva, e outras três pessoas.

Foram cumpridos, na cidade de Ponta Porã, oito mandados de busca e apreensão e quatro mandados de prisão temporária. Em Pedro Juan Caballero, foram três mandados de busca e apreensão, de acordo com a Senad. Segundo o órgão paraguaio, ambos gozavam da confiança do comando do PCC e estariam envolvidos na tomada de uma cidade inteira (Araçatuba) para realização de assaltos a bancos, e Tuca havia se especializado no uso de explosivos e nos ‘justiçamentos’, realizando até decapitações de supostos ladrões. Os dois teriam preparado os artefatos explosivos que foram espalhados pela região central da cidade paulista para dificultar a ação da polícia em 30 de agosto.

A operação, denominada ‘Escritório do Crime’ pela PF, foi realizada de forma simultânea nos dois lados da fronteira para impedir que os suspeitos fugissem de um país para o outro. A PF também acredita que os dois atuavam como traficantes de armas e podem ter fornecido o armamento pesado que foi visto no assalto em Araçatuba. Os presos foram levados para Ponta Porã e tiveram as prisões confirmadas em audiência de custódia. A PF informou em nota oficial que a operação resultou também na apreensão de “diversos bens e valores, bem como munições de grosso calibre”. Os investigados podem responder pelos crimes de tráfico internacional de drogas, organização criminosa e tráfico internacional de armas, cujas penas somadas podem ultrapassar 30 anos de prisão.

  • BlueSky

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.