Policiais que faziam patrulhamento quando Ágatha foi morta serão ouvidos em investigação

  • Por Jovem Pan
  • 22/09/2019 19h13
José Lucena/Estadão Conteúdo moradores-fazem-protesto-por-morte-de-agatha Em entrevistas à imprensa, familiares da menina também declararam que não havia confronto no momento do disparo

Os dois policiais militares que participaram da ação realizada no Complexo do Alemão, no momento em que um disparo matou a menina Ágatha Félix, de 8 anos, serão ouvidos nesta segunda-feira (23) pela Delegacia de Homicídios da Capital, no Rio de Janeiro.

Segundo a Polícia Civil, as armas utilizadas por eles também serão recolhidas para passar por perícia. Um projétil foi retirado da vítima no hospital. Posteriormente, fragmentos foram removidos de seu corpo com a ajuda de um scanner, no Instituto Médico Legal.

De acordo com testemunhas, Ágatha estava dentro de uma kombi na Fazendinha, no Complexo do Alemão, acompanhada da avó, quando foi atingida pela bala perdida. Moradores afirmaram que o tiro teria sido disparado por militares da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), que tentavam atingir ocupantes de uma motocicleta em fuga.

Em entrevistas à imprensa, familiares da menina também declararam que não havia confronto no momento do disparo. Já a Polícia Militar alegou que os agentes que atuavam no local tinham sido alvo de criminosos e que revidaram à agressão.

A Polícia Civil já ouviu parentes da menina, o motorista da kombi em que ela estava e outras testemunhas. Também foi realizada perícia no veículo. Ao longo da semana, os investigadores devem fazer uma reprodução simulada do crime.

A Corregedoria da Polícia Militar abriu um processo de investigação sobre a atuação dos policiais envolvidos no episódio.

Em nota, o governo do Rio disse que lamenta “profundamente” a morte da menina e que houve queda 21% no número de homicídios dolosos nos primeiros meses do ano.

* Com informações da Agência Brasil

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