Por causa do pico da Covid-19, Ministério da Saúde recomenda adiar gravidez

Secretário de Atenção Primária à Saúde da pasta, Raphael Câmara, afirmou que o indicado é que as mulheres mais jovens esperem até a situação ficar “mais calma”

  • Por Jovem Pan
  • 16/04/2021 15h45 - Atualizado em 16/04/2021 17h43
EFE/EPA/AARON M. SPRECHER Câmara anunciou uma portaria que destinará R$ 247 milhões para medidas de Estados e municípios no apoio a gestantes

O secretário de Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde, Raphael Câmara, recomendou que as mulheres adiem a gravidez para evitar a ação de variantes do novo coronavírus. A declaração foi dada pelo secretário durante coletiva de imprensa realizada nesta sexta-feira, 16, na qual Câmara disse que a variante nova do vírus é mais agressiva em gestantes e sugeriu que mulheres mais novas esperem para engravidar. “Caso possível, postergar um pouco a gravidez para um melhor momento em que você possa ter essa gravidez de forma mais tranquila. A gente sabe que na época do zika, durante um, dois anos, teve uma diminuição de gravidez no Brasil e depois aumentou. É normal. É óbvio que a gente não pode falar isso para alguém que tem 42, 43 anos. Mas para uma mulher jovem, que pode escolher um pouco o seu momento de gravidez, o mais indicado agora é você esperar um pouquinho até a situação ficar um pouco mais calma”, disse Câmara.

Durante sua fala, o secretário afirmou que não existem estudos que comprovem a maior agressividade da variante em gestantes e declarou que a pasta está investido na elaboração de pesquisas sobre o tema. “Não tem estudo comprovando isso. O Ministério da Saúde está correndo atrás de fomentar esses estudos e de fazer esses estudos também. Até agora, nacional e internacionalmente nós não temos, mas a visão clínica de especialistas mostra que a variante nova tem ação mais agressiva nas grávidas. Antes estava ligada ao final da gravidez, mas agora vê uma evolução mais grave no segundo trimestre e até no primeiro trimestre”, explicou Câmara.

Na coletiva, Câmara anunciou uma portaria que destinará R$ 247 milhões para medidas de Estados e municípios no apoio a gestantes. A verba será destinada para diversos usos, como hospedagem de gestantes que não têm condições de realizar isolamento domiciliar. O valor também será utilizado para reforçar a atuação de equipes de atenção primária que monitoram gestantes com suspeita ou caso confirmado de Covid-19 e para encaminhar gestantes ao pré-natal odontológico.

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