Em posse com líderes do Centrão, Fabio Faria elogia Bolsonaro e defende ‘armistício político’

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, esteve presente na cerimônia, além de alguns ministros de Estado e o presidente do Supremo, Dias Toffoli

  • Por Jovem Pan
  • 17/06/2020 14h23 - Atualizado em 18/06/2020 09h35
Alan Santos / PR Fabio Faria, ministro das Comunicações do governo Bolsonaro Fabio Faria, ministro das Comunicações do governo Bolsonaro, denunciou supostas irregularidades nas inserções partidárias no segundo turno presidencial

Ao tomar posse nesta quarta-feira (17), durante cerimônia no Palácio do Planalto, o ministro das Comunicações, Fábio Faria, afirmou que o Brasil vive “dias turbulentos” com a pandemia do novo coronavírus e defendeu um “armistício político” para combater a doença.

“É hora de deixarmos a arena eleitoral para 2022”, afirmou. Faria assumiu formalmente a nova função com a presença dos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), a quem chamou de “amigo”, do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, e de parlamentares que integram o chamado Centrão.

“Aceitei essa missão para assumir o Ministério das Comunicações, pasta da mais alta relevância da atual conjuntura. Vivemos hoje dias turbulentos, com a existência de uma pandemia sem precedentes. O novo coronavírus surpreendeu o mundo, modificou hábitos, impactou a economia do mundo e afetou o nosso Brasil, que já se recuperava com as medidas implementadas pelo atual governo. Os efeitos da pandemia transformaram as relações e a comunicação”, disse Faria.

Entre os convidados, estavam parlamentares que fazem parte do Centrão, como o presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), e o presidente do PSD, Gilberto Kassab, que comanda a sigla do novo ministro. Outros deputados como o líder do MDB na Câmara, Baleia Rossi (SP), o líder do PP, Arthur Lira (AL), e Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), que é líder da maioria na Câmara, acompanharam o evento.

Também estiveram presentes ministros de Estado, mas não o responsável pela Educação, Abraham Weintraub, que se envolveu em episódios polêmicos e de confronto com o Supremo nas últimas semanas. Participaram Jorge Oliveira (Secretaria-Geral), Walter Braga Netto (Casa Civil), Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo), Augusto Heleno (GSI), André Mendonça (Justiça), Onyx Lorenzoni (Cidadania), Marcelo Álvaro Antônio (Turismo), Tereza Cristina (Agricultura), Ernesto Araújo (Relações Exteriores) e Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional).

Em sua fala, Faria priorizou a pandemia da Covid-19, cuja condução do governo para ações de enfrentamento tem sido alvo de críticas, e falou da necessidade de netos ficarem distantes dos avós, uma das práticas recomendadas de isolamento social.

Ele também mencionou o ensino a distância para defender a importância do processo de inclusão digital “andar a passos largos” na sua gestão no Ministério das Comunicações. “Estamos aqui com responsabilidade de pensarmos e agirmos como estadistas. Eu sou movido pelo espírito público e patriotismo que Vossa Excelência (Bolsonaro) demonstra”, disse Faria no discurso.

O ministro também enalteceu Bolsonaro ao dizer que o presidente foi “um inovador na comunicação direta, ao falar com a população por meio das redes sociais”. Agora, Faria será responsável também pela Secretaria Especial de Comunicação (Secom) do governo. “Hoje, em um piscar de olhos, são tomadas por multidões a internet não aceita voz de comando (sic), todos têm o microfone na mão, e são ouvidos, pasmem, até mesmo pelo presidente, algo impensável em um passado próximo. O povo te deu o poder (presidente) e o senhor respondeu com respeito.”

*Com informações do Estadão Conteúdo

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