Prefeitura do Rio entrega tendas a ambulantes da Vila Kennedy

  • Por Estadão Conteúdo
  • 17/03/2018 14h52
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Wilton Junior/Estadão Conteúdo Foi realizada na Escola Municipal Marechal Alcides Etchegoyen uma ação comunitária que ofereceu serviços como emissão de documentos, orientação jurídica, assistência médica e odontológica, etc

Oito dias depois de destruir 46 quiosques de ambulantes que não tinham licença para atuar na Praça Miami, a principal da Vila Kennedy, na zona oeste do Rio, a prefeitura do Rio entregou neste sábado, 17, tendas provisórias e licenças definitivas para que esses vendedores voltem a trabalhar.

A ação da sexta-feira, 9, realizada pela Secretaria Municipal de Ordem Pública com auxílio de vários órgãos municipais e da Polícia Militar, foi criticada horas depois pelo próprio prefeito Marcelo Crivella (PRB), que chegou a determinar o afastamento de funcionários municipais responsáveis pela destruição dos quiosques.

Neste sábado, numa parceria entre a prefeitura, o governo estadual e o Gabinete de Intervenção Federal, foi realizada na Escola Municipal Marechal Alcides Etchegoyen uma ação comunitária que ofereceu serviços como emissão de documentos, orientação jurídica, assistência médica e odontológica, vacinação e atividades recreativas aos moradores da Vila Kennedy

Durante o evento, do qual participou o interventor, general Walter Braga Netto, o prefeito Crivella anunciou um projeto de revitalização da Praça Miami. A prefeitura planeja construir 46 novos quiosques, que se juntarão aos quatro não destruídos na operação do dia 9 porque seus donos já tinham autorização para trabalhar. As novas estruturas devem ficar prontas em um mês, já que a empresa contratada tem capacidade para construir 12 por semana.

Até que os novos quiosques sejam entregues, os ambulantes poderão trabalhar em tendas cedidas pela prefeitura. “Eu já tinha comprado uma tenda, que acabou não dando certo, mas emprestei outra de um amigo e voltei a trabalhar na segunda-feira, 12. O problema é que estamos sem luz e água, então não consigo trabalhar o dia todo, como fazia antes”, conta o ambulante Leonardo Damasceno, de 35 anos, que vende lanches e bebidas há 15 anos nesse local. “Meu quiosque foi o primeiro nessa praça, e sempre tentei obter a licença. Às vésperas de eleição já nos prometeram, mas nunca cumpriram”, disse o vendedor, que divide as tarefas com a mulher. “Finalmente agora vamos poder trabalhar em paz, com a situação regularizada”, comemora.

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