Presente em velório, Moro enaltece Teori Zavascki: “foi um verdadeiro herói”
Presente no velório do ministro Teori Zavascki, que acontece na manhã deste sábado (21), no Tribunal Regional Federal em Porto Alegre, o juiz federal Sérgio Moro fez um rápido pronunciamento e lamentou a morte do magistrado.
“Vim, juntamente com magistrados federais, prestar minhas homenagens ao ministro Teori Zavascki. Acredito que, pela qualidade, relevância, importância e serviços que ele prestava e pela importância destes processos, que ele foi um verdadeiro herói. Há uma grande desolação da magistratura”, disse o juiz responsável em primeira instância pelos julgamentos da Operação Lava Jato.
Após a morte de Teori, Sérgio Moro emitiu nota de pesar e prestou condolências à família e enalteceu a atuação de Teori Zavascki como magistrado.
“Tive notícias do falecimento do ministro Teori Zavascki em acidente aéreo. Estou perplexo. Minhas condolências à família. O ministro Teori Zavascki foi um grande magistrado e um herói brasileiro. Exemplo para todos os juízes, promotores e advogados deste país. Sem ele, não teria havido a Operação Lava Jato. Espero que seu legado, de serenidade, seriedade e firmeza na aplicação da lei, independente dos interesses envolvidos, ainda que poderosos, não seja esquecido”, disse em nota divulgada na quinta-feira (19).
Velório
O velório do ministro Teori Zavascki foi iniciado neste sábado, por volta das 9h, no Tribunal Regional Federal, em Porto Alegre. O corpo chegou ali depois das 8h30.
Acidente aéreo
O ministro do Supremo Tribunal Federal Teori Zavascki morreu no acidente do avião que caiu nesta quinta-feira (19) nas proximidades de Paraty, no Rio de Janeiro. A aeronave partiu do Campo de Marte (SP) e ia para o Rio de Janeiro com quatro passageiros a bordo. A informação da morte do magistrado foi confirmada pelo filho dele pelo Facebook. Antes, o filho de Zavascki havia confirmado a presença do pai no voo e pediu para os amigos para “rezarem” pela sobrevivência do ministro.
Teori, que tinha 68 anos, era o ministro relator das ações da Operação Lava Jato no Supremo. Cabia a ele os próximos e decisivos passos da investigação que envolve alguns dos políticos mais emblemáticos do Brasil e que possuem foro privilegiado e, portanto, só podem ser julgados pela mais alta corte.
O ministro era responsável pela homologação das conhecidas “delações do fim do mundo”, colaborações de 77 executivos da construtora Odebrecht com a Justiça. A expectativa era que o ministro do STF começasse a decidir em fevereiro a oficialização ou não das delações que envolviam diversos políticos importantes dos núcleos do governo de Michel Temer e Dilma Rousseff. Enquanto estava em recesso, a equipe de juízes do ministro analisava o extenso material resultante de uma longa negociação que se estendeu por todo o ano de 2016.
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