Presidente do TSE critica avaliação do PSDB sobre sistema eleitoral

  • Por Agência Estado
  • 05/11/2015 13h11
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Nelson Jr./SCO/STF Ministro Dias Toffoli durante sessão do STF

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Dias Toffoli, criticou, nesta quinta-feira, 5, a acusação do PSDB sobre o acesso às informações referentes às eleições presidenciais de 2014. As considerações do partido foram divulgadas na quarta-feira, 4, e integram o relatório da auditoria realizada pela legenda nas urnas eletrônicas. 

De acordo com Toffoli, o Tribunal realiza audiências públicas para permitir que os partidos políticos acompanhem o desenvolvimento dos sistemas das urnas eletrônicas seis meses antes do pleito. “No ano passado, nenhum partido compareceu a essas audiências”, lembrou o presidente do Tribunal. 

Os ministros da Corte endossaram a posição do presidente. Segundo o ministro Gilmar Mendes, o relatório confirmou o que o Tribunal já defendia: que as suspeitas não correspondem com a verdade e que partem de “lendas urbanas”, e recomendou que o TSE estimule a realização de mais auditorias como esta. “A Justiça Eleitoral precisa tomar essa tarefa para si. Não para evitar a boataria, mas pelo menos para contribuir com o esclarecimento”, defendeu. 

O ministro Herman Benjamin afirmou que as suspeitas levantadas pelo partido partem de boatos plantados por “fofoqueiros da internet”. “A questão aqui não é dos fofoqueiros da internet. Eles não têm a credibilidade dos partidos políticos”, argumentou O ministro fez ainda um apelo às legendas partidárias para que elas não alimentem os boatos e zelem pela instituição da Justiça Eleitoral. 

Apesar das críticas, Toffoli elogiou a iniciativa. “O relatório foi extremamente positivo. As propostas apresentadas vão ser avaliadas oportunamente pelo TSE, sendo que algumas já estão sendo implementadas”. 

Auditoria

De acordo com o relatório da auditoria do PSDB, não foi possível analisar a lisura do processo eleitoral porque o sistema é impossível de ser auditado. De acordo com o partido, o TSE se recusou a disponibilizar dados eleitorais “essenciais para a auditoria” sob o argumento de que eles eram sigilosos.

O relatório apresentado pelo partido faz ainda dez recomendações às autoridades do Tribunal para atualizar o sistema e, entre elas, indica a imediata implantação do voto impresso.

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