PSDB define senador Ricardo Ferraço como relator da reforma trabalhista na CAE
O senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) foi escolhido pela cúpula do PSDB para ser o relator da reforma trabalhista na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado (CAE), comandado pelo senador Tasso Jereissati (PSDB-CE).
A relatoria da proposta na Câmara já havia ficado com um tucano, o deputado Rogério Marinho (PSDB-RN) que ontem apresentou à bancada do Senado os principais pontos da proposta, aprovada na Câmara na madrugada da última quinta-feira, 27.
Em conversa com a reportagem, o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), considerou que, entre os itens que deverão ser mantidos, está o que extingue a contribuição sindical.
“Essa acabou sendo uma posição consensual dentro do partido. Discutimos até uma alternativa de uma possível transição de alguns anos para que isso ocorresse. Mas consultada a nossa bancada da Câmara e no Senado há hoje uma posição amplamente majoritária pela manutenção do texto”, afirmou Aécio.
Além da CAE, o projeto também tramitará na Comissão de Assuntos Sociais (CAS), comandada pela senadora Marta Suplicy (PMDB-SP), antes de ser encaminhado para votação no plenário do Senado.
Aliados do líder do PMDB, senador Renan Calheiros (AL), apresentaram, contudo, um requerimento para que o projeto também seja discutido pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), presidida pelo senador Edison Lobão (PMDB-MA), e que integra o grupo mais próximo do senador alagoano.
Renan é um dos principais críticos à reforma encaminhada pelo governo Temer. E o possível encaminhamento da proposta para a CCJ é considerado por integrantes da cúpula do governo como uma forma de postergar, por tempo indeterminado, a conclusão das discussões nas comissões. Em razão disso, o requerimento apresentado não deverá contar com o apoio dos demais partidos da base aliada.
“Excluir a CCJ é excluir os especialistas que estão na comissão de analisar o projeto que vai reformular a Consolidação da Lei Trabalhista brasileira. Não sou a favor de postergar, até porque a CCJ pode fazer audiências conjuntas”, ressaltou o senador Eduardo Braga (PMDB-AM).
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