Queiroz Galvão representa “todos os pecados”, diz procurador da Lava Jato

  • Por Estadão Conteúdo
  • 02/08/2016 15h11
CURITIBA, PR, 04.03.2016: OPERAÇÃO-LAVA JATO - Carlos Fernando dos Santos Lima - Coletiva de imprensa na Polícia Federal de Curitiba-PR, sobre a 24ª fase da Lava Jato denominada Aletheia, deflagrada na manhã desta sexta-feira (4) pela Polícia Federal, que tem como alvo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Participam da coletiva o Superintendente da Polícia Federal no Paraná Rosalvo Ferreira Franco, delegado da Operação Lava Jato Igor Romário de Paula e O auditor da Receita Federal Roberto Leonel de Oliveira Lima. (Foto: Heuler Andrey/DiaEsportivo/Folhapress) Reprodução/PF Carlos Fernando dos Santos Lima

Ao comentar a Operação Resta Um, 33.ª fase da Lava Jato deflagrada nesta terça-feira, 2, o procurador regional da República Carlos Fernando dos Santos Lima disse que a empreiteira Queiroz Galvão representa “todos os pecados”. Lima compõe a força-tarefa do Ministério Público Federal. “Todos os pecados, toda espécie de crime”, disse o procurador, ao divulgar detalhes da investigação

O nome da operação é uma referência ao fato de a Queiroz Galvão ser a última empreiteira do cartel Vip que se instalou na Petrobras para assumir o controle de contratos bilionários e um esquema de repasses de propinas a políticos e ex-dirigentes da estatal petrolífera.

“A Queiroz Galvão está envolvida no pagamento de propinas através de caixa um, doações eleitorais sob o manto de uma suposta legalidade. Temos caixa 2, por exemplo, pagamento para a campanha de reeleição do ex-presidente Lula em 2006, também em propinas. Temos corrupção efetiva através de Alberto Youssef (doleiro da Lava Jato)”, descreveu o procurador.

Lima anotou, ainda, que a empreiteira manteve funcionários no exterior, para driblar a ação das autoridades brasileiras – expediente que também teria sido utilizado pela Odebrecht.

O procurador relembrou, ainda, que a Queiroz Galvão protagonizou o repasse de R$ 10 milhões, em 2009, para barrar as investigações da CPI da Petrobras, operação que envolveu o senador Sérgio Guerra, então presidente do PSDB, morto em 2014.

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