Randolfe diz que acusação de Odebrecht reforça tese de cassação de Dilma e Temer

  • Por Estadão Conteúdo
  • 04/06/2016 13h59
EFE/Fernando Bizerra Jr. Michel Temer e Dilma Rousseff - EFE

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) afirmou neste sábado, 4, que as acusações feitas pelo empreiteiro Marcelo Odebrecht sobre pedido de doação ilegal para a campanha da presidente afastada Dilma Rousseff reforçam a tese de cassação da chapa das eleições presidenciais de 2014, formada pela petista e pelo presidente interino Michel Temer (PMDB).

De acordo com reportagem da revista IstoÉ veiculada neste fim de semana, em acordo de confidencialidade com a Operação Lava Jato (primeiro passo para assinatura de delação premiada), Odebrecht teria afirmado que Dilma pediu pessoalmente uma doação de R$ 12 milhões para sua campanha eleitoral em 2014. O montante seria repassado ao marqueteiro da campanha, João Santana.

“Se confirmado, isso contamina a chapa. Afinal, Temer não seria presidente interino se Dilma não tivesse sido eleita”, afirmou Randolfe. Para o senador, a declaração de Odebrecht reforça a necessidade de o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) julgar logo o caso. A chapa Dilma-Temer é alvo de quatro ações ajuizadas pelo PSDB, pedindo a cassação por abuso de poder econômico nas eleições de 2014.

“Já tem um conjunto de delações que mostram captação ilícita do sufrágio, por que então o Tribunal Superior Eleitoral não julga a chapa?”, questionou o parlamentar do Amapá. Filiado à Rede, Randolfe defende, assim como seu partido, a tese de que é preciso realizar novas eleições para a Presidência da República.

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