Reino Unido tem menor número diário de mortes pela Covid-19 desde março

  • Por Jovem Pan
  • 18/05/2020 16h38
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EFE/EPA/WILL OLIVER Foram 160 novos óbitos, dez a menos do que ontem, elevando o total para 34.796 desde o começo da pandemia

Seguindo a mesma tendência de baixa de outros países europeus, como Espanha e França, o Reino Unido registrou nesta segunda-feira (18) o menor número diário de mortes pela Covid-19 desde o final de março. Foram 160 novos óbitos, dez a menos do que ontem, elevando o total para 34.796 desde o começo da pandemia.

Segundo o secretário de Estado da Saúde, Mitt Hancock, em 24 horas, foram realizados 100.678 testes diagnósticos, detectando 2.684 novas infecções. Ele declarou ao Parlamento que 21 mil pessoas já foram recrutadas para trabalhar no programa de detecção e rastreamento de cadeias de infecção que será lançado nas próximas semanas.

O grupo inclui 7,5 mil profissionais da área sanitária que apoiarão os milhares de operadores telefônicos que entrarão em contato com pessoas contagiadas ou que tenham estado em contato com pessoas potencialmente infectadas. O objetivo é pedir que essas pessoas se isolem em suas casas e oferecer a elas conselhos sobre saúde.

Reabertura

A partir de 1º de junho, o governo espera passar para uma nova fase no plano de saída gradual da quarentena, que prevê a reabertura de algumas aulas do ensino fundamental em escolas da Inglaterra. Isso tem levado a críticas de alguns sindicatos de professores por causa de dúvidas sobre as medidas de segurança para evitar o contágio.

Para tentar reduzir as chances de que as crianças transmitam infecções, Hancock anunciou que a partir de hoje será possível solicitar um teste Covid-19 para todos aqueles acima de 5 anos de idade que apresentarem sintomas compatíveis com a doença.

Nesse sentido, o Sistema Nacional de Saúde britânico (NHS) alterou hoje suas diretrizes para incluir a perda de gosto e cheiro como sintomas de coronavírus, além de febre e tosse, conforme especificado.

Os trabalhadores que não podem realizar as suas atividades remotamente começaram a retornar aos seus postos na semana passada, embora Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte tenham sido removidos do roteiro do governo central por considerarem a reabertura prematura.

A ministra-chefe da Escócia, Nicola Sturgeon, afirmou hoje que espera publicar seu próprio plano nesta semana e está confiante de que pode começar a reduzir as medidas a partir do final deste mês.

O assessor médico adjunto do governo de Boris Johnson, Jonathan Van-Tam, disse em entrevista coletiva que as diretrizes de distanciamento social estão sendo reduzidas “passo a passo” para evitar uma segunda onda de contágio, enquanto o governo melhora a preparação dos serviços de emergência em caso de surtos no futuro.

“Só se conseguirmos uma vacina realmente capaz de suprimir os níveis da doença é que poderemos dizer que superamos isso. A partir dessa perspectiva, vamos ter que viver e aprender a conviver com esse vírus por muito tempo. Certamente por muitos meses, se não anos”, afirmou o especialista.

* Com EFE

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