Rio Grande do Sul: PF faz operação para conter conflito entre indígenas

A investigação apura quatro tentativas de homicídio, organização criminosa, porte ilegal de arma, ameaças, lesões corporais e incêndios criminosos em residências

  • Por Jovem Pan
  • 04/09/2020 12h04
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Polícia Federal As ações têm por objetivo fazer parar a violência na região e a retomada da normalidade na aldeia e no município

A Polícia Federal (PF) cumpre, nesta sexta-feira, 4, 21 mandados de prisão preventiva e 28 de busca e apreensão nos municípios gaúchos de Água Santa, Tapejara, Charrua e Passo Fundo. A Operação Carreteiro mira crimes praticados por conflitos em aldeia indígena na região norte do Rio Grande do Sul. A ação conta com o apoio da Brigada Militar, da Polícia Civil, do Corpo de Bombeiros, do Instituto Geral de Perícias e da Superintendência de Serviços Penitenciários (Susepe). Mais de 300 agentes públicos estão envolvidos na operação. Em junho, índios do Posto Indígena Carreteiro entraram em conflito pela disputa da liderança local motivada por divergências na divisão das terras e na gestão de cargos e recursos – um dos grupos foi expulso da aldeia e foi para um abrigo na cidade de Água Santa, enquanto o outro grupo controla a reserva.

De acordo com a Polícia Federal, os grupos rivais, reforçados por indivíduos de outras áreas indígenas, estão armados e nos últimos três meses têm praticando diversos atos violentos, inclusive em zona urbana, contra pessoas e contra o patrimônio. O inquérito da PF apura quatro tentativas de homicídio, organização criminosa, porte ilegal de arma, ameaças, lesões corporais e incêndios criminosos em residências. As ações têm por objetivo fazer parar a violência na região e a retomada da normalidade na aldeia e no município, além de reunir informações e provas que auxiliem na identificação dos autores e demais envolvidos dos crimes.

*Com Agência Brasil

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