Anvisa prevê que sala de gerador em hospitais deve resistir 2 horas ao fogo

  • Por Jovem Pan
  • 14/09/2019 17h11
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EFE/Antonio Lacerda Incêndio no Hospital Badim, no RJ, começou após curto-circuito em gerador da unidade

A regulamentação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) sobre segurança em edificações de estabelecimentos de saúde determina que a área de um hospital onde ficam os geradores deve ter estrutura que a isole das outras alas do edifício em caso de incêndio e que resista ao fogo e à fumaça por duas horas.

Segundo a norma, os prédios devem ser divididos em compartimentos, ou seja, setores preparados para tolerar o incêndio sem que ele se expanda para o restante do prédio.

“Os compartimentos são como caixas de sapato pelas quais o fogo, a fumaça e a temperatura não passam num determinado período de tempo”, explica Marcos Kahn, engenheiro especialista em segurança contra incêndio e diretor administrativo da Associação Brasileira para o Desenvolvimento do Edifício Hospitalar (ABDEH).

“A ideia da compartimentação é isolar o incêndio para que você possa continuar a retirar o pessoal em segurança. Não sei se o gerador do Hospital Badim estava compartimentado. Se estava, não tinha porque o incêndio sair daquela área em um período de tempo tão pequeno”, diz o especialista.

Além da compartimentação, os hospitais são orientados a possuir outros itens de combate a incêndio, como chuveiros automáticos (sprinklers), detecção e alarme de incêndio e uma brigada de incêndio treinada.

Nesta quinta-feira (12), o Hospital Badim, no Rio de Janeiro, pegou fogo, deixando 11 vítimas fatais. As chamas tiveram origem um curto-circuito em um gerador da unidade. Procurada para comentar sobre a estrutura anti-incêndio do hospital, a assessoria de imprensa do estabelecimento ainda não se manifestou.

*Com Estadão Conteúdo

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