São Paulo confirma os dois primeiros casos da variante Ômicron no Brasil
Sequenciamento genético foi realizado pelo Hospital Albert Einstein e confirmado pelo Instituto Adolfo Lutz; prefeitura diz que casal de brasileiros vive na África do Sul e testou positivo antes de retornar ao continente
A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo confirmou que um homem de 41 anos e uma mulher de 37 anos foram infectados pela nova variante Ômicron da Covid-19. Em nota, a Prefeitura de São Paulo informou que o casal de brasileiros vive na África do Sul e visitava a família no Brasil, e que ambos estão assintomáticos e cumprindo isolamento domiciliar. Eles desembarcaram em Guarulhos na terça-feira passada, 23, com exames negativos para Covid-19 e, ao fazerem novos exames na última quinta-feira, 25, ambos testaram positivo. Após o sequenciamento genético do Albert Einstein ter identificado a infecção pela nova cepa, os testes foram enviados ao Instituto Adolfo Lutz, que confirmou os primeiros casos de Ômicron no país. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, o casal e seus familiares estão sob monitoramento das vigilâncias estadual e municipal de São Paulo.
O Einstein notificou a Anvisa sobre os resultados positivos dos testes e sobre o início dos procedimentos para sequenciamento genético na segunda-feira, 29. Nesta terça-feira, 30, o laboratório informou que, em análises prévias, foi identificada a variante Ômicron do Sars-Cov-2. Seguindo os protocolos nacionais, o material foi enviado ao Instituto Adolfo Lutz para fins de confirmação do sequenciamento genético. A Anvisa também informou que notificou o Ministério da Saúde e as Secretarias de Saúde estadual e municipal de São Paulo sobre o evento para adoção das medidas pertinentes.
A entrada do homem no país ocorreu antes da divulgação de que o Brasil vai fechar as fronteiras para voos vindos de seis países da África. O anúncio foi feito pelo ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, na sexta-feira, 26, e começou a valer nesta segunda-feira, 29. A restrição atinge os passageiros que vierem da África do Sul, Botsuana, Eswatini, Lesoto, Namíbia e Zimbábue. De acordo com Nogueira, a decisão foi tomada em conjunto com os Ministérios da Saúde, da Infraestrutura e da Justiça. Também está em andamento no Instituto Adolfo Lutz o sequenciamento genético referente ao caso comunicado no último domingo, 28. Um passageiro voltou assintomático da Etiópia buscou a testagem no aeroporto de Guarulhos por ter visitado a África do Sul durante a viagem. Ele mora na cidade da Grande São Paulo, onde segue em isolamento e é monitorado pela vigilância do município.
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