São Paulo registra três primeiros casos da variante amazonense do coronavírus
Segundo a Secretaria de Saúde paulista, pacientes residem ou estiveram recentemente em Manaus; as cidades onde os sequenciamentos foram registrados são mantidas em sigilo
O governo de São Paulo afirmou nesta terça-feira, 26, que a nova cepa da Covid-19 originada no Amazonas foi identificada em três casos do novo coronavírus no estado. A análise das amostras foi feita no Instituto Adolfo Lutz, localizado na capital, mas as cidades nas quais os três sequenciamentos foram registrados não foram informadas. Todos os casos são considerados como importados, já que se manifestaram em pessoas que têm residência em Manaus ou visitaram recentemente a cidade. Não há informações se esse vírus é mais mortal ou transmissível do que a cepa inicial da Covid-19, mas o posicionamento das mutações e a atual crise sanitária do Amazonas, decorrente da Covid-19 no estado, fazem com que especialistas acreditem em uma maior capacidade de transmissão.
A cepa amazônica do novo coronavírus foi registrada pela primeira vez pelo governo do Japão em viajantes que chegaram ao país asiático no começo de janeiro, após uma temporada no Norte do Brasil. Poucos dias depois, ela foi sequenciada pelo próprio governo brasileiro. Apesar das informações escassas até o momento, a mutação ligou um sinal de alerta em países como o Reino Unido, que proibiu a entrada de voos do Brasil, de outros países da América Latina e até mesmo de Portugal para evitar o maior contágio. Nesta terça, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou que amostras da variante encontrada no Amazonas foram enviadas para a Universidade de Oxford, que deve analisar grau de contaminação e agressividade da cepa.
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