Ministério da Saúde orienta construir hospitais de campanha em último caso

  • Por Jovem Pan
  • 25/05/2020 21h28 - Atualizado em 26/05/2020 08h05
DELMIRO JUNIOR/AGÊNCIA O DIA/ESTADÃO CONTEÚDO Para o ministério, ideal é que unidade seja construída perto de um hospital de alta complexidade

O Ministério da Saúde divulgou nesta segunda-feira (25) as regras de financiamento para a construção de novos hospitais de campanha para o tratamento de pacientes da Covid-19. A pasta decidiu deixar de fazer a gestão compartilhada, e passará a descentralizar os recursos para Estados e municípios, mas a orientação é de que os hospitais de campanha sejam utilizados em último caso, inclusive após o uso de leitos privados.

“Antes de partirmos para uma rede provisória, precisamos ver o que está disponível na rede privada. Temos que buscar estruturas provisórias só quando não tivermos mais estruturas alternativas”, disse o secretário-executivo substituto, Élcio Franco, acrescentando que haverá o credenciamento de leitos privados para indenização posterior.

O Sistema Único de Saúde repassa R$ 1.600 para os leitos de UTI usados para o tratamento da Covid-19. Hospitais privados enfrentam queda de ocupação de leitos, porque procedimentos eletivos foram cancelados e há medo das pessoas de se infectarem pelo novo coronavírus.

Para Franco, o ideal é que o hospital de campanha seja construído perto de um hospital de alta complexidade. Se não for possível, deve contar com o apoio de ambulância com suporte ventilatório para realizar a transferência dos pacientes que apresentarem agravamento do caso.

Segundo a diretora do Departamento de Atenção Hospitalar, Domiciliar e Urgência, Adriana Teixeira, a proporção recomendada é de que, a cada 40 leitos clínicos (para a internação de pacientes com sintomas respiratórios de baixa complexidade), sejam construídos 10 de suporte ventilatório invasivo e não invasivo (para tratamento dos casos de piora do quadro respiratório).

O ministério pagará R$ 43 mil por leito de ventilação não invasiva. Os leitos de suporte ventilatório pulmonar terão habilitação temporária por 90 dias.

As autoridades do Ministério da Saúde ainda reforçaram a importância de que os hospitais atualizem periodicamente a taxa de ocupação dos seus leitos de UTI para que a pasta consiga auxiliar os Estados e municípios. “Precisamos muito que os cadastros de s-SUS Notifica sejam alimentados. Temos 601 estabelecimentos que atualizaram seus dados hoje, e essa taxa varia a cada dia”, disse Adriana.

* Com informações do Estadão Conteúdo

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