‘Se não enfraquecer o exército, o Maduro não cai’, diz Bolsonaro

  • Por Jovem Pan
  • 03/05/2019 14h50 - Atualizado em 03/05/2019 14h54
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Antonio Cruz/Agência Brasil Bolsonaro esteve presente na cerimônia de imposição de insígnias da Ordem de Rio Branco, no Itamaraty

O presidente Jair Bolsonaro voltou a se manifestar sobre a situação da Venezuela e sobre o ditador Nicolás Maduro. De acordo com ele, a única forma de Maduro cair é enfraquecendo o exército do país. “Não tem outra maneira. Se você não enfraquecer o exército da Venezuela, o Maduro não cai”, afirmou a jornalistas.

Ele esteve presente na cerimônia de imposição de insígnias da Ordem de Rio Branco, no Itamaraty, e defendeu novamente uma solução pacífica para a Venezuela, além de reiterar que não quer que o Brasil entre em guerra. No entanto, declarou que “se não tiver como, com um hipotético conflito, aí cada país decide se vai para as últimas consequências ou não”.

Bolsonaro assegurou que o País não enviou nenhum emissário à Venezuela para tratar da crise e que não tem nada para conversar com Nicolás Maduro. Ele voltou a falar que, neste momento, sua maior preocupação é com a Argentina e a eventual eleição de Cristina Kirchner na corrida presidencial neste ano. Ele comparou a vitória da ex-presidente à crise na Venezuela. Pesquisas mostram que ela ganharia do atual presidente, Mauricio Macri, se o pleito fosse hoje.

“Aproveito esse momento ímpar de ser ouvido pela querida, estimada e necessária imprensa para dizer que, além da Venezuela, a preocupação de todos nós deve voltar um pouco mais ao sul do continente, para a Argentina e por quem pode voltar a comandar aquele país. Não queremos, acho que o mundo todo não quer outra Venezuela mais ao sul do nosso continente”, disse.

O presidente já havia falado sobre este assunto em transmissão feita pelo Facebook nesta quinta-feira (3). “Ninguém aqui vai se envolver com questões de fora do nosso país. Mas, como cidadão, tenho a preocupação de que volte o governo anterior ao do [Mauricio] Macri. Se o Macri não está indo bem, paciência. Vai lutar para melhorar ou botar alguma pessoa na linha dele. Só não pode voltar a Kirchner”, falou.

Nesta sexta (3), Bolsonaro afirmou ainda que o Itamaraty será “essencial” para o sucesso do projeto de seu governo. Ao se dirigir aos novos diplomatas, disse que eles não podem permitir que o Brasil “seja definido lá fora com base em interesses alheios” e devem “dar voz ao nosso povo e defender nossos valores”. “Trabalhem por um Brasil aberto aos grandes fluxos econômicos, capaz de se conectar ao grandes centro tecnológicos, de atrair investimentos, se de abrir ao mercado, de defender a democracia.”

* Com informações do Estadão Conteúdo

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