Senadores assinam manifesto em defesa da democracia
O documento diz que “a democracia brasileira vem enfrentando, nos tempos recentes, seus maiores desafios desde a entrada em vigor da Constituição Cidadã de 1988”. “Ideias autoritárias vem transitando nas redes sociais, em plataformas eleitorais e, de forma preocupante, em setores civis e militares com responsabilidade institucional. A intolerância e o ódio ultrapassaram as disputas verbais e já se materializam em atos criminosos, estimulados pelo discurso autoritário”, disse.
No manifesto, os senadores defendem ainda que “não há saída para o País fora do estrito respeito à Constituição e do funcionamento harmônico das instituições civis e militares”. “Este momento grave exige a união de todas forças comprometidas com o processo democrático, independentemente de posições ideológicas, em defesa das liberdades, dos direitos e garantias consagrados na Constituição”, afirma o texto. “A democracia em nosso País foi uma conquista histórica, que custou a luta de milhões e o sacrifício de muitos. Temos a obrigação defendê-la”
O documento tem a assinatura dos senadores Armando Monteiro (MDB-PE), Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), Gleisi Hoffmann (PT-PR), Jorge Viana (PT-AC), Regina Sousa (PT-PI), Lindbergh Farias (PT-RJ), Paulo Paim (PT-RS), Lídice da Mata (PSB-BA), Simone Tebet (MDB-MS), Antonio Carlos Valadares (PSB-SE), Angela Portela (PDT-RR), Humberto Costa (PT-PE), Fátima Bezerra (PT-RN), Paulo Rocha (PT-PA), Renan Calheiros (MDB-AL), Eduardo Braga (MDB-AM), Kátia Abreu (PDT-TO), Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Roberto Muniz (PP-BA), Roberto Requião (MDB-PR), Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), Raimundo Lira (Sem partido-PB) e Elmano Férrer (MDB-PI).
O documento também foi apresentado após outro grupo de senadores entregarem uma carta, a favor da prisão em segunda instância, destinada à presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Cármen Lúcia. O documento foi entregue ao STF na terça-feira e tinha a assinatura de 20 senadores. Há parlamentares, no entanto, que assinam os dois documentos, como Randolfe Rodrigues e Simone Tebet, por exemplo.
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