Simone Tebet diz que não vai assumir liderança do Governo no Senado

  • Por Estadão Conteúdo
  • 30/05/2016 16h24
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Plenário do Senado durante sessão deliberativa ordinária. Senadora Simone Tebet (PMDB-MS) Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado Waldemir Barreto/Agência Senado Simone Tebet (PMDB-MS) - Ag. Senado

A senadora Simone Tebet (PMDB-MS), um dos nomes mais cotados para a liderança do governo no Senado, negou nesta segunda-feira, 30, que possa assumir a vaga. Simone confirmou que foi sondada pelo governo do presidente em exercício, Michel Temer, mas disse que não acredita que essa seja a função ideal para seu perfil. Segundo a senadora, que é advogada de formação, ela acredita que pode colaborar mais com questões jurídicas no Senado, e não na articulação política.

Simone teria sido cotada também para assumir o Ministério do Planejamento, após a exoneração do senador Romero Jucá (PMDB-RR) na primeira crise do governo Temer. A senadora também recusou a vaga sob os mesmos argumentos, mas defendeu que o cargo seja preenchido por uma mulher.

Simone demonstrou seu interesse em participar ativamente da comissão do impeachment, que julga o caso da presidente afastada Dilma Rousseff. Na semana passada, ela defendeu que fosse considerado outro critério para o período de alegações, propondo o encurtamento do processo. A sugestão será avaliada pelo presidente do colegiado na próxima reunião da comissão, marcada para quinta-feira, 2.

Fabiano Silveira

A senadora pediu a saída do ministro da Transparência, Fabiano Silveira, que foi flagrado em um diálogo com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Na conversa, Silveira reclama da operação Lava Jato e dá conselhos a investigados na operação

“Não sabemos em que circunstâncias a gravação foi feita, mas, infelizmente, em função da pasta que ele tem, não dá tempo de ele se explicar. A justiça é morosa para investigar e acho que o melhor, nesse momento, é o afastamento”, disse a senadora.

Simone ponderou que acredita na lisura e competência de Fabiano Silveira, mas que mantém sua opinião sobre o afastamento. O ministro assumiu a pasta da Transparência há menos de um mês, quando Michel Temer assumiu o governo interino. Entretanto, à época da gravação, ele já era conselheiro do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Renan Calheiros

Quanto a Renan Calheiros, que também participa da conversa, a senadora afirmou que ele precisa dar explicações “aos seus pares”, mas que o conteúdo integral da gravação é desconhecido.

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