SP prorroga fase de transição e vai sugerir medidas mais restritivas a cidades com hospitais lotados

Fase de transição do Plano SP, que deveria acabar no dia 14, continuará valendo até 30 de junho; essa é a segunda vez na qual data é alterada pelo governo do Estado

  • Por Jovem Pan
  • 09/06/2021 13h52 - Atualizado em 09/06/2021 15h42
RENATO S. CERQUEIRA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO Pessoas andam pela 25 de março carregando sacolas de compras Fase de transição será prorrogada em SP

O governo de São Paulo anunciou nesta quarta-feira, 9, mais uma prorrogação da fase de transição do Plano SP, que valeria até o dia 14 de junho. Agora, a situação atual do Estado, que permite funcionamento de serviços entre 6h e 21h com 40% da capacidade total, se manterá até o dia 30 de junho. “É uma medida de cautela, de proteção, para proteger a vida das pessoas e termos a certeza de que estamos evoluindo de forma segura ao longo das próximas semanas. Com isso, nós também estamos protegendo as pessoas, a vida, e obviamente, na sequência, o crescimento econômico”, afirmou o governador João Doria. Essa é a segunda vez na qual a fase de transição é prorrogada no Estado. No começo de maio, o governo projetou a ampliação do horário de funcionamento de serviços para o começo de junho, mas essa previsão foi adiada para o dia 14 após piora nos índices de contaminação. O coordenador executivo do Centro de Contingência da Covid-19 no Estado, João Gabbardo, considerou o momento atual como de “preocupação”, apontando para uma elevação no número de internações hospitalares, e afirmou que a sugestão de adiar mais uma vez a fase de transição foi feita pelo órgão.

Apesar dos horários da fase de transição serem mantidos, cidades com maior índice de internação receberão sugestões do governo para aumentar medidas restritivas. “O governo encaminhará aos municípios que estão com uma taxa de ocupação acima de 90% dos leitos de UTI para que avaliem a necessidade, avaliem a pertinência de tomar medidas mais restritivas do que aquelas que estão estabelecidas no plano de contingência no Estado de São Paulo”, explicou Gabbardo, garantindo que seguir ou não as sugestões ficará a cargo dos municípios. A secretária de Desenvolvimento Econômico, Patricia Ellen, lembrou que a cidade continua com toque de recolher das 21h às 5h. “Reforço o ponto do toque de recolher, que tem sido fundamental para a contenção e redução da aceleração da pandemia neste momento, que ainda requer cautela, mas que nós estamos mostrando no Estado de São Paulo que é possível controlar a pandemia, trabalhar para vacinas, investir na pesquisa, vacinar a população e ao mesmo tempo ter uma retomada econômica próspera”, pontuou.

Ocupação de leitos

O boletim epidemiológico mais recente mostra que a taxa de ocupação de leitos de UTI no Estado é de 82,1% e na Grande São Paulo é de 79,4%. No momento, há 13.358 pessoas internadas em leitos de enfermaria com a doença. “Ainda temos patamares elevados, isso faz com que o governo tenha e se mantenha absolutamente alerta e por isso manter essa fase de transição por mais 14 dias, garantindo que a restrição da circulação das pessoas garanta que diminuir a circulação de pessoas é também diminuir a circulação do vírus. Antes falávamos que ‘fique em casa enquanto arrumamos a saúde’, hoje falamos para as pessoas ‘saiam com responsabilidade, evitem aglomerações, usem a máscara, façam isolamento social’”, afirmou o secretário de Saúde Jean Gorinchteyn. O número de casos cresceu 35,1% em relação à semana interior e o de internações aumentou 0,6%. O número de óbitos decresceu em 19,5%. A justificativa dada pelo governo para o aumento expressivo no número de casos foi um represamento na plataforma DataSUS e o aumento da testagem. Desde o início da pandemia, São Paulo registrou 3.382.448 casos e 115.960 mortes pela Covid-19.

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