Sugestão de Doria sobre aliança Alckmin-Rocha desagrada ao PSDB

  • Por Estadão Conteúdo
  • 01/06/2018 09h10 - Atualizado em 01/06/2018 09h13
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Estadão Conteúdo Segundo aliados de Alckmin, há uma aproximação entre PSDB e PRB em curso, mas sem nenhum acordo nem garantia de formação de chapa

Após atrair o apoio de Flávio Rocha, presidenciável do PRB, para sua pré-campanha ao governo de São Paulo, o ex-prefeito da capital João Doria (PSDB) afirmou que empresário e o ex-governador Geraldo Alckmin, também postulante ao Planalto, “estarão juntos” nas eleições de outubro.

A declaração irritou aliados do ex-governador, já que Doria, mais uma vez, teria se precipitado. Segundo aliados de Alckmin, há uma aproximação entre PSDB e PRB em curso, mas sem nenhum acordo nem garantia de formação de chapa.

“Nós temos de continuar conversando, evoluindo e crescendo nessa relação. Flávio é do bem, Geraldo é do bem. Temos de reunir pessoas do bem para defender o Brasil”, afirmou Doria. Para o tucano, a aliança seria benéfica para o que ele considera uma “união” do centro contra as pré-candidaturas de Jair Bolsonaro (PSL) e Ciro Gomes (PDT).

Na semana passada, Alckmin conversou com o presidente nacional do PRB, Marcos Pereira. Dias depois, o partido declarou apoio oficial à pré-candidatura de Doria ao governo de São Paulo. A aproximação é almejada, mas, segundo o secretário-geral do PSDB, deputado federal Marcus Pestana, qualquer discussão sobre composição de chapa neste momento é “balão de ensaio”. “Só a partir de quarta-feira vamos começar a conversar com todos os pré-candidatos sobre a possibilidade de formar um bloco único do centro. Isso pode acontecer antes das convenções, durante o processo eleitoral ou no segundo turno. O perigo, porém, é a terceira opção não chegar ao segundo turno.”

Pestana tenta unificar as candidaturas do centro já no primeiro turno, em uma frente batizada de “polo democrático”. De acordo com o deputado, será lançado na próxima terça-feira, 5, em evento na Câmara dos Deputados, o manifesto do polo democrático, que foi assinado, entre outros, pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e pelo chanceler Aloysio Nunes Ferreira.

Sobre a articulação entre Doria e Rocha, Pestana disse que o ex-prefeito vê o processo sob a ótica de São Paulo e que a aproximação depende de uma articulação mais ampla.

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