“Talvez devesse ficar chorando num canto”, ironiza Bretas sobre auxílio-moradia
Ativo nas redes sociais, o juiz da Lava Jato no Rio de Janeiro, Marcelo Bretas, respondeu com ironia em seu perfil no Twitter reportagem da Folha de S. Paulo que mostrou que ele pediu na Justiça o recebimento de auxílio-moradia mesmo vivendo com uma mulher, também juíza, que já recebia o benefício.
“Pois é, tenho esse ‘estranho’ hábito. Sempre que penso ter direito a algo eu VOU À JUSTIÇA e peço. Talvez devesse ficar chorando num canto, ou pegar escondido ou à força. Mas, como tenho medo de merecer algum castigo, peço na Justiça o meu direito”, escreveu Bretas, compartilhando o link da matéria.
Resolução do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) vedou o auxílio-moradia a magistrados que residem com quem receba vantagem da mesma natureza.
Na ação em que conquistou o benefício, Bretas alegou ao lado de outros quatro juízes que a determinação do CNJ fere a Lei da Magistratura.
Pois é, tenho esse “estranho” hábito. Sempre que penso ter direito a algo eu VOU À JUSTIÇA e peço. Talvez devesse ficar chorando num canto ?, ou pegar escondido ou à força . Mas, como tenho medo ? de merecer algum castigo, peço na Justiça o meu direito.
https://t.co/0SiyJBqXY0— Marcelo Bretas (@mcbretas) January 29, 2018
O magistrado ainda argumentou, em resposta a outros internautas: “eu não decido sobre isso, sou apenas ‘interessado no tema’ que, repito, é importante para pessoas que vivem de seus vencimentos”.
Respondendo ao deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP), Bretas disse: “o direito em questão foi assegurado a cada magistrado individualmente. Informo ainda que, no meu caso, foi concedido em processo judicial (público), com contraditório, proposto em face da União”.
Não temo discutir “auxílio moradia” e dezenas de outros auxílios. Aliás, já postei sobre isso aqui.
Mas nessa discussão eu não tenho autoridade. Eu não decido sobre isso, sou apenas “interessado no tema” que, repito, é importante para pessoas que vivem de seus vencimentos.— Marcelo Bretas (@mcbretas) January 29, 2018
Bom dia, senhor deputado. O direito em questão foi assegurado a cada magistrado individualmente. Informo ainda que, no meu caso, foi concedido em processo judicial (público), com contraditório, proposto em face da União.
— Marcelo Bretas (@mcbretas) January 29, 2018
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