Temer acredita que caminho para a reforma política não é uma nova constituinte
O presidente em exercício Michel Temer admitiu, em entrevista à Rádio Estadão, que o País necessita de uma reforma política, mas avaliou não sentir a necessidade de uma constituinte exclusiva neste sentido, “os fatos que estão postos determinam a necessidade de uma reforma política e eu tenho a impressão de que, hoje, a sociedade já amadureceu em definitivo nesta ideia”, afirmou o peemedebista, na manhã desta sexta-feira (24), considerando que “é muito difícil governar com 35 partidos e mais 23 que estão para ser aprovados.”
O chefe do Executivo falou ainda que,”em brevíssimo tempo”, vai retornar ao tema da reforma, “mas eu tenho muita preocupação com a proposta de uma constituinte exclusiva, pois ela significa uma ruptura com o sistema jurídico instalado. A ideia da constituinte eu não apadrinharia.”
Temer disse que vai conversar com os líderes da Câmara e do Senado para incentivá-los a realizar a reforma política, o que seria, segundo o presidente, função do Legislativo. “Se eles me permitirem, posso fazer contribuições”, comentou.
Política
Durante a entrevista, o político garantiu que não é candidato à reeleição de 2018, além de enfatizar não pretender participar ativamente das eleições municipais deste ano, “eu vou evitar porque, atualmente, sou presidente da República. Nossa base parlamentar alcança muitos partidos políticos e eu terei muita cautela e prudência”, ponderou. O presidente reiterou ainda que não “vai interferir na Lava Jato”.
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