Temer comemora resultado da reforma trabalhista

  • Por Estadão Conteúdo
  • 29/06/2017 08h10
BRA101. BRASILIA (BRASIL), 26/06/2017.- El presidente de Brasil, Michel Temer, participa hoy, lunes 26 de junio de 2017, en una Ceremonia de Sanción de la Ley que regula la Diferenciación de Precio, en el Palacio de Planalto, en la ciudad de Brasilia (Brasil). Temer, que entre hoy y mañana puede ser denunciado formalmente por supuesta corrupción, participó en un acto con empresarios, se mostró sereno y afirmó que "nada" lo "destruirá". EFE/Joédson Alves EFE/Joédson Alves EFE- Presidente Michel Temer

O presidente Michel Temer estava no Palácio do Jaburu acompanhando a votação da reforma trabalhista na Comissão de Constituição e Justiça do Senado e comemorou o resultado. “Os 16 a 9 votos na CCJ do Senado na Modernização Trabalhista comprovam que a base do governo continua firme e forte”, disse ao jornal O Estado de S. Paulo, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha. 

Já o ministro-chefe da Secretaria Geral, Moreira Franco, resumiu o momento dizendo que, com este novo passo, na CCJ, “as mudanças necessárias para que o Brasil supere a maior crise econômica de nossa história avançam”. Para o ministro “este é o caminho que seguiremos sem vacilações pois é o caminho para recuperar os empregos e renda do povo trabalhador brasileiro”.

O Palácio do Planalto já vinha considerando o dia positivo desde mais cedo. Primeiro, com a repercussão da dura fala de Temer na véspera, em reação à decisão do procurador Geral da República, Rodrigo Janot, de denunciá-lo. O apoio dos parlamentares no dia anterior e a romaria de deputados e senadores durante a quarta-feira sinalizavam que o presidente estava no caminho certo, informavam interlocutores, que já consideravam que o peemedebista tinha “saído das cordas”. 

Disseram, por exemplo, que deputados e senadores pediam cópia do pronunciamento de Temer, do dia anterior, que serviria de embasamento para a defesa do governo e deles próprios, para votar a favor do presidente, em suas bases.

“A onda está virando”, comentou um outro assessor palaciano, ao listar resultados positivos de ontem. Nas redes sociais, a repercussão era considerada muito boa porque os comentários endossavam as críticas de Temer a Janot, principalmente condenando o acordo que beneficiou o empresário Joesley Batista, da JBS. 

Outra vitória do governo foi a saída de Renan Calheiros da liderança do PMDB. Também foi considerado dado positivo o ministro do STF Edson Fachin não ter concedido os 15 dias que Janot queria para Temer se defender no Supremo, o que consideram apenas mais uma manobra do procurador para postergar a tramitação da denúncia.

Temer continua com pressa para votar e derrubar a proposta. Está convencido de que tem os votos necessários para rejeitar a denúncia. A nomeação de Raquel Dodge, a primeira mulher a assumir o cargo de procuradora-geral da República também foi considerada uma boa nova.

Por fim, agradou o numero de votos maior do que o esperado pelo governo, que chegou a pensar que poderia ser pelo apertado placar de 14 a 12. Depois de um mês de bombardeio dia pós dia, o presidente, de acordo com auxiliares, poderia dormir aliviado. Mas tanto Temer, quanto seus assessores sabem que novos petardos estão sendo preparados por Janot – e muitas outras batalhas terão de ser vencidas.

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