Temer diz que nome de Mariz não foi ‘eliminado’ e que jamais houve convite

  • Por Estadão Conteúdo
  • 29/04/2016 13h41
STF Antonio Carlos Mariz

O vice-presidente Michel Temer ressaltou, nesta sexta-feira (29), que o nome do advogado Antônio Cláudio Mariz de Oliveira não foi “eliminado” da possibilidade de ocupar o Ministério da Justiça, num possível afastamento da president Dilma Rousseff em processo de impeachment.

“Tornou-se natural a citação de seu nome para ocupar cargo de Ministro da Justiça se, eventualmente, houver decisão do Senado sobre a continuidade do processo de impeachment. Destaco que, no entanto, jamais houve convite. Assim sendo, não poderia ter sido eliminado. Presto esta homenagem a Mariz e espero repor os fatos em sua verdadeira dimensão”, diz Temer em nota.

No documento, o vice afirma ainda que as notícias publicadas pela imprensa nos últimos dias sobre a composição do novo governo “produziram injustiça grave” em relação à Mariz. 

“As especulações sobre eventuais ministeriáveis, publicadas nos últimos dias, produziram injustiça grave em relação ao brilhante advogado Antônio Cláudio Mariz de Oliveira, profissional de trajetória intimamente ligada à luta pelos valores democráticos, de ética inatacável e comportamento irreparável. Quero corrigir essa injustiça ressaltando a história de vida de Mariz, esse extraordinário amigo que me incentivou muitíssimo no fortalecimento de nossas instituições”, diz Temer.

O posicionamento do vice-presidente ocorre dias depois de circular a informação de que Temer teria desistido de indicar Mariz para o Ministério da Justiça em razão das entrevistas dadas pelo advogado em que faz críticas à Operação Lava Jato, em especial ao instituto das delações premiadas.

No ano passado, Mariz, que defende o vice-presidente no Supremo Tribunal Federal, já havia participado de um abaixo-assinado crítico aos métodos da operação Lava Jato. Por causa disso, a indicação de Mariz sempre esteve ameaçada.

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