Temer usa redes sociais para exaltar resultado de leilão das usinas da Cemig

  • Por Estadão Conteúdo
  • 27/09/2017 12h53
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EFE/Joédson Alves EFE/Joédson Alves Ao longo dos últimos meses, analistas consideraram otimistas a previsão de R$ 11 bilhões no leilão das quatro usinas

O presidente da República, Michel Temer, usou as redes sociais, nesta quarta-feira (27), para exaltar a realização do leilão das usinas da Cemig. “Nós resgatamos definitivamente a confiança do mundo no Brasil. Leilão das usinas da Cemig rendeu R$12,13 bi, acima da expectativa do mercado”, escreveu o presidente. Ao longo dos últimos meses, analistas consideraram otimistas a previsão de R$ 11 bilhões no leilão das quatro usinas.

Até a terça-feira à noite, a Cemig, junto com a bancada de Minas, atuou para convencer o governo federal a retirar pelo menos uma das usinas da disputa. A estatal mineira queria manter a hidrelétrica de Miranda sob o controle. O périplo por Brasília feito pelo presidente da Cemig, Bernardo Alvarenga, passou pelo Supremo Tribunal Federal (STF), cruzou a Advocacia-Geral da União (AGU) e adentrou o Palácio do Planalto, mas não teve êxito

Auxiliares do presidente Michel Temer chegaram a afirmar que o Palácio estava disposto a atender ao pedido da Cemig. Retirar a usina do leilão poderia ser um péssimo sinal para o mercado e os investidores, mas seria um ótimo aceno à base parlamentar mineira, durante a votação da denúncia contra Temer no Congresso pelos crimes de formação de quadrilha e obstrução à Justiça. Ao fim, porém, concluiu-se que a proposta poderia trazer mais dores de cabeça do que benefícios.

Um auxiliar do presidente negou que o aval de Temer para tirar Miranda do leilão fosse “enganação” e disse que, apesar de a Advocacia-Geral da União ter montado um esquema de plantão com dezenas de advogados e procuradores em todo o País para garantir a realização do leilão das usinas da Cemig, o presidente conversou com a Cemig e deputados da bancada mineira para que tentassem até o fim tentar tirar a usina do leilão.

Segundo essa fonte, a Cemig havia se comprometido a conseguir recursos para comprar a Miranda até dezembro e o governo havia inclusive se disposto a ficar sem essa parte do recurso até lá. Apesar disso, o acordo não pode ser construído e agora o governo passa a comemorar o bom resultado obtido na manhã desta quarta.

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