USP mantém aulas e cria comitê para monitorar coronavírus
Até o momento, aluno do curso de Geografia infectado com Covid-19 é o único caso na universidade. Ele foi contaminado pela namorada que viajou à Itália
A Universidade de São Paulo (USP) anunciou nesta quarta-feira (11) a criação de um comitê para monitorar a evolução do novo coronavírus entre alunos, professores e servidores técnicos e administrativos da instituição, em todos os campi. A decisão foi tomada durante reunião com a reitoria, superintendência de Saúde da universidade e membros do Departamento de Geografia, após um aluno do curso ter sido infectado com a Covid-19.
De acordo com a universidade, até o momento, foi confirmado apenas esse caso. O aluno positivo para coronavírus “foi contaminado pela parceira que viajou à Itália e não faz parte da comunidade universitária”, informa a USP em nota.
Nesta quarta, o Ministério da Saúde informou que o Brasil tem 52 casos confirmados da doença – 30 estão concentrados no estado de São Paulo. Outros 907 casos são investigados como suspeitos.
As pessoas que tiveram contato mais próximo com o aluno estão sendo acompanhadas pela Unidade de Vigilância em Saúde do Butantã, em São Paulo, e “não apresentaram nenhum sintoma da doença até o momento”.
“A Universidade também reitera que, por ora, além do caso confirmado, não há nenhuma ocorrência suspeita que atenda aos critérios estabelecidos pelo Ministério da Saúde”, diz a nota.
As aulas, que foram suspensas apenas nesta quarta para o curso de Geografia, estão mantidas em todos os campi. “A USP manterá as atividades didáticas e administrativas em todas as suas Unidades de Ensino e Pesquisa, conforme orientação da autoridade sanitária.”
O comitê que deverá monitorar a presença do vírus na universidade contará com profissionais de saúde do Hospital Universitário (HU), representantes da Unidade de Vigilância em Saúde do Butantã e da Coordenadoria de Vigilância em Saúde e será presidido pelo superintendente de Saúde da USP e do HU, Paulo Ramos Margarido. Segundo a USP, o órgão também ficará “responsável pela interface de comunicação com as autoridades sanitárias estaduais e federais”.
Ainda nesta terça, a Universidade de Harvard informou que adotará aulas remotas para evitar a propagação do vírus. Outras instituições como Columbia, Princeton, Ohio State, Hofstra e Stanford anunciaram o cancelamento das aulas presenciais após retorno das férias devido ao Covid-19.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) elevou, nesta quarta, o status da doença para pandemia.
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