Vazamento de óleo é a ‘maior agressão ambiental já sofrida pelo Brasil’, diz presidente da Petrobras

  • Por Jovem Pan
  • 29/10/2019 12h18 - Atualizado em 30/10/2019 07h27
Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil Roberto Castello Branco é o atual presidente da Petrobras Ele comparou a situação ao desastre ambiental no Golfo do México

O presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, comentou, nesta terça-feira (29), o vazamento de óleo que tem atingido as praias do Nordeste do país. Em um evento da Fundação Getúlio Vargas  (FGV), no Rio de Janeiro, ele disse que esse episódio é a “maior agressão ambiental já sofrida pelo Brasil em sua história”.

“[O vazamento] é a maior agressão ambiental sofrida por nosso país, creio eu, em nossa história”, disse, acrescentando que o assunto tem sido abordado de forma “politizada e ideologizada”, com “versões falsas” sobre o que poderia ter sido feito.

Castello Branco comparou a quantidade de óleo retirada das praias ao desastre ambiental no Golfo do México, em que o vazamento partiu da petrolífera British Petroleum (BP). Para ele, as situações são semelhantes.

Ainda não se sabe de onde vazou o óleo que atinge as praias nordestinas, mas pesquisadores já apontaram que o vazamento ocorreu no oceano, em uma área entre 600 e 700 quilômetros de distância da divisa entre Sergipe e Alagoas. Uma das hipóteses é que o óleo foi extraído de três campos na Venezuela e, provavelmente, estava sendo transportado quando ocorreu o acidente.

“Na realidade, era impossível combater isso na origem. As empresas de petróleo e a Petrobras estão preparadas para combater vazamentos de petróleo, uma vez identificada a fonte do vazamento”, continuou o presidente da estatal.

Leilões

Castello Branco afirmou, ainda, que o setor petrolífero vive um “ano extraordinário” no país e avaliou que o leilão de excedentes da cessão onerosa, marcado para semana que vem, é uma vitória do governo. “A demanda global por petróleo tende a crescer lentamente, quem sabe estagnar e, no futuro, reduzir. Não podemos esperar e deixar o petróleo no fundo do mar”, defendeu.

Ele também disse que, por uma questão de priorizar os ativos de maior retorno, a Petrobras manifestou preferência por apenas dois campos, os de Itapu e Búzios, este o maior já descoberto no Brasil. Ele disse que a estatal está otimista com o resultado. “Vamos com entusiasmo para ganhar.”

*Com informações da Agência Brasil

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