Wassef: Presidente e Flávio Bolsonaro não sabiam onde Queiroz estava

  • Por Jovem Pan
  • 21/06/2020 09h47 - Atualizado em 21/06/2020 09h49
DIDA SAMPAIO/ESTADÃO CONTEÚDO q Queiroz foi preso em escritório que pertence a Frederick Wassef

O advogado Frederick Wassef, em entrevista à Globonews, afirmou que nem o presidente Jair Bolsonaro, nem Flávio Bolsonaro sabiam do paradeiro de Fabrício Queiroz. O ex-assessor do senador foi preso na última quinta-feira (18), em escritório em Atibaia que pertence a Wassef.

“O senador Flávio Bolsonaro não sabia disso. O presidente da República não sabia disso. Eles jamais tiveram ciência desde o que aconteceu agora. Jamais o Flávio ou o próprio presidente tiveram qualquer contato com o Fabrício Queiroz desde dezembro de 2018 até a presente data, e tudo isso são especulações”, garantiu o advogado.

Assim como em entrevista para jornal, Wassef reforçou que Queiroz não morava em seu endereço em Atibaia:  “O Queiroz não mora lá. O Queiroz estava no Rio de Janeiro. As pessoas que estavam lá dizem que ele chegou há menos de 4 dias.” Durante a semana, caseiros disseram à Polícia Civil que o ex-assessor estava há um ano no local.

“Jamais escondi Queiroz. Queiroz não estava escondido”, completou.

Frederick Wassef não explicou os motivos de Fabrício Queiroz estar em seu imóvel, justificando que deve manter sigilo para proteger seu cliente, Flávio Bolsonaro. “Daqui a poucos dias, talvez já essa semana, eu vou poder contar.”

 

Prisão de Queiroz 

O ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos) foi encontrado na manhã desta quinta-feira (18) em uma casa em Atibaia (SP) de propriedade de Frederick Wassef, advogado de Flávio.

A prisão faz parte de desdobramento da investigação que apura esquema de “rachadinha” na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, que é o desvio de públicos por meio da devolução parcial de salário pelos assessores.

O policial militar aposentado também é investigado por lavagem de dinheiro fazendo transações imobiliárias com valores de compra e venda fraudados. Ele teria movimentado R$ 1,2 milhão em sua conta bancária de forma atípica, de acordo com o Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras).

Neste sábado, a defesa de Queiroz teve negado o pedido de prisão domiciliar. A decisão pela negativa foi da desembargadora Suimei Cavaleiri, da 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.

O advogado do ex-assessor de Flávio Bolsonaro havia citado o “atual estágio da pandemia do coronavírus” e afirmou que Queiroz “é portador de câncer no cólon e recentemente se submeteu à cirurgia de próstata” para tentar conseguir o benefício.

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