Zema defende análise técnica de área do Capitólio para garantir turismo com segurança

Governador de Minas Gerais afirma que intensidade de chuvas pode determinar acesso ou não à região do Lago de Furnas

  • Por Jovem Pan
  • 10/01/2022 17h12 - Atualizado em 10/01/2022 17h13
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Pedro Gontijo/Imprensa MG O governador de Minas Gerais, Romeu Zema Tragédia que resultou na morte de 10 pessoas ocorreu no sábado, 8

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), afirmou, nesta segunda-feira, 10, que a região dos cânions de Capitólio, no Sul do Estado, será submetida a uma análise técnica por especialistas com o objetivo de evitar novos acidentes e garantir o turismo com segurança. No sábado, 8, um talude desabou e atingiu lanches que navegavam pelo Lago de Furnas, em uma tragédia que resultou na morte de dez pessoas. Em coletiva de imprensa, o gestor também disse que, a depender da intensidade das chuvas, o acesso ao local pode ser proibido. “Se esse desmoronamento tivesse acontecido a noite, em outro momento, muito provavelmente a situação seria muito diferente da atual. [O desmoronamento] É algo que não sabemos [quando ocorrerá], pode acontecer a cada 100 anos, 500 anos, ninguém sabe. Mas sabemos, a partir de agora, que é uma região sujeita a risco e que vai merecer análise técnica de geólogos e de pessoas que podem fazer uma análise e colocar um nível de risco aceitável ou não. Dependendo de ser chuvas intensas, como nesse momento atual, que causam rompimento dessas rochas em determinadas épocas do ano, dependendo da intensidade da chuva, o acesso àquela região pode não ser permitido. Nós queremos viabilizar e vamos viabilizar turismo com segurança. É possível, sim”, declarou.

“Temos navios que vão nas geleiras da Argentina, do Chile, da Antártica, onde há paredes de gelos muito maiores e ficam a uma distância segura. Queremos que toda a região continue atraindo turistas, mas, a partir de agora, um cuidado adicional será exigido e teremos, frequentemente, talvez anualmente, uma análise do risco daquela região, já que vimos que é algo que pode acontecer novamente. O que aconteceu ali é o que acontece, muitas vezes, Brasil afora: uma rocha rola de determinada montanha, sem previsibilidade, atinge um carro, um caminhão, interrompe a pista. Tivemos esta infelicidade de atingir uma lancha, com 10 pessoas, uma fatalidade”, acrescentou o governador de Minas.

Na coletiva desta segunda, Zema também afirmou que o governo está monitorando todas as barragens do Estado. No domingo, 9, a prefeitura de Pará de Minas e a Defesa Civil emitiu um “alerta máximo” recomendando que os moradores da cidade, Pitangui e Onça de Pitangui, que moram abaixo da Usina do Carioca, deixem as casas imediatamente, em razão do alto risco de rompimento da barragem. “Temos monitorado todas as barragens junto com Agência Nacional de Mineração. Essa barragem, a informação que tenho é que na manha de hoje o nível foi reduzido em 30 centímetros. Continuamos com nosso monitoramento, acompanhamos as barragens, o volume de chuvas foi alta e muitas barragens passaram a ter um volume adicional.

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