Capriles viaja aos EUA para pedir observadores de OEA nas eleições
Caracas, 26 jul (EFE).- O líder da oposição venezuelana Henrique Caprilles anunciou neste domingo que amanhã pedirá em Washington ao secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, que designe observadores eleitores para as eleições legislativas de dezembro.
“Vou com a abordagem da observação eleitoral deste organismo para as próximas eleições parlamentares e também exporemos a situação dos direitos humanos e econômicos”, disse Capriles em declarações aos jornalistas.
O uruguaio Almagro “teve a gentileza de abrir um espaço em sua agenda para nos atender” na sede da OEA na capital americana, acrescentou em uma cidade do estado de Miranda, do qual é governador, desde onde se dirigiu ao aeroporto internacional para viajar para Washington.
A autoridade eleitoral venezuelana convidou a União de Nações Sul-americanas (Unasul) para que designe especialistas que façam parte do que denomina “acompanhamento eleitoral” e não respondeu a pedidos para que também convide outras instâncias.
O pleito parlamentar de 6 de dezembro terá uma renovação das 167 cadeiras da unicameral Assembleia Nacional (AN), atualmente com maioria de 99 deputados afins ao presidente Nicolás Maduro.
Capriles disse que também falará com Almagro sobre as inabilitações de dirigentes opositores que aspiram ser candidatos nas eleições de dezembro, mas que a Controladoria Geral os impede por supostas irregularidades tributárias, o que a oposição aponta como truques e falsidades.
“É necessário que os observadores estejam conscientes da realidade nacional e que não se deixem levar pelas mentiras do governo (…). O país está como uma bomba e nós não queremos que exploda”, acrescentou o dirigente opositor.
“Temos que desativar essa bomba. Para isso, em 6 de dezembro será preciso contar com um acompanhamento internacional” mais amplo para evitar a fraude que Capriles assegura ter sido decisiva nas eleições presidenciais que disputou com o atual líder do país, Nicolás Maduro, em abril de 2013.
A titular do organismo reitor do voto da Venezuela, Tibisay Lucena, reiterou ao anunciar recentemente a data de realização das eleições parlamentares que a limpeza do sufrágio “está garantida” dentro de um processo que é “um dos mais seguros do mundo”.
A presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) é identificada pela oposição como uma funcionária favorável ao governo.
O CNE organizou e efetuou recentemente as eleições internas com as quais opositores e governistas decidiram parte dos candidatos que competirão no pleito de dezembro. EFE
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.