Chanceleres da Unasul fazem recomendações a Maduro sobre Venezuela
Caracas, 26 mar (EFE).- Os chanceleres da União das Nações Sul-americanas (Unasul), que visitaram a Venezuela durante os dois últimos dias para ajudar na construção do diálogo no país, se reuniram nesta quarta-feira com o presidente Nicolás Maduro e fizeram recomendações ao governante.
O chanceler venezuelano, Elías Jaua, afirmou em uma declaração aos jornalistas após a reunião dos ministros das Relações Exteriores com Maduro que os membros da missão da Unasul “transmitiram ao presidente de maneira sucinta as conversas que tiveram” com diferentes atores da sociedade venezuelana.
“E fizeram uma série de recomendações que o presidente acolheu plenamente, cada uma das que foram recomendadas pelos chanceleres”, acrescentou o chefe da diplomacia venezuelana.
Jaua explicou que a Presidência da Unasul emitirá nesta quinta-feira um comunicado oficial da visita “em que vai expor suas considerações, suas impressões sobre a visita, as recomendações que foram feitas ao presidente Nicolás Maduro e a resposta positiva do presidente Nicolás Maduro a essas recomendações”.
“Esperaremos amanhã esse comunicado oficial para conhecer em detalhe as recomendações, os acordos conseguidos e a percepção da comissão da Unasul sobre a situação venezuelana”, disse o chanceler venezuelano.
Os membros da missão da Unasul, entre os quais estavam os chanceleres de Brasil, Colômbia, Argentina, Uruguai, Bolívia, Equador e Suriname se reuniram durante a visita com representantes do governo e da oposição e, no último dia, com empresários, estudantes e ONGs, entre outros.
Durante a visita também conversaram com representantes do Executivo, do partido do governo, da oposição e com representantes de diversos setores que participam da Conferência de Paz lançada por Maduro há um mês.
Jaua ressaltou que Maduro agradeceu à delegação da Unasul “por sua dedicação, pelo esforço que realizaram em menos de 48 horas para se reunir com os mais diversos setores”.
A Venezuela vive uma onda de protestos contra o governo há um mês e meio. Alguns deles terminaram com incidentes de violência que causaram a morte de 35 pessoas e deixaram mais de 450 feridos. EFE
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